O Bradesco – Agência Concórdia amanheceu de portas fechadas na manhã desta sexta-feira (31/5) em razão da paralisação de protesto realizada pelo Sindicato dos Bancários de Pernambuco contra as demissões no Estado. Cerca de 60 bancários e bancárias foram demitidos no Recife e Interior do Estado, neste último período.

Apenas no primeiro trimestre deste ano, o Bradesco alcançou um lucro de R$ 4,3 bilhões, o que representa uma alta de 46,3% na comparação com o trimestre anterior. Com este resultado financeiro, não há justificativa para o fechamento de unidades e demissões de trabalhadores. 

“O banco tem demitido e não dá respostas ao movimento sindical. Na nossa visão, é uma ação devastadora para esses trabalhadores que perdem sua renda e emprego. O assédio moral e institucional está presente no dia-a-dia dos bancários e, muitas vezes, essas demissões ocorrem quando o trabalhador não atinge as metas abusivas impostas. Vamos cobrar que o banco pare esse processo de demissões e trate com respeito os bancários, que dedicam anos de suas vidas ao banco e geram o lucro da empresa”, afirma o secretário de Saúde e representante do Nordeste na COE Bradesco, Alan Patrício.

O local da paralisação foi escolhido por ser o prédio que abriga a diretoria regional do banco. A ação teve impacto político imediato, em especial por ser o último dia útil do mês, resultando na abertura de negociação solicitada pela matriz, em São Paulo. A unidade foi reaberta por volta das 11h, após reunião entre os funcionários e dirigentes sindicais.

Conjuntamente, os trabalhadores e seus representantes avaliaram que essa era melhor opção diante do compromisso, por parte do Bradesco, de realização de uma reunião institucional, em Recife, com representantes nacionais das relações sindicais e recursos humanos e diretores regionais com os dirigentes do Sindicato.