
Fotos: Augusto Coelho/Fenae
Após as mobilizações nacionais conseguirem destravar o processo de renovação do acordo específico referente ao Saúde Caixa, as representações dos empregados da Caixa Econômica Federal participaram de uma reunião de negociação no dia 9 de novembro, que resultou em importantes avanços com foco na sustentabilidade e manutenção das premissas do plano de saúde.
Na mesa, na busca para solucionar o déficit projetado para 2023 com a utilização das reservas técnicas e de contingência, a Caixa se recusou a assumir todas as despesas administrativas, conforme reivindicado pelos representantes dos empregados. Alegou, para isso, impedimento devido a restrições estatutárias. Em resposta, o banco concordou em incorporar toda a despesa de pessoal, retroagindo a 2021.
Outro importante avanço conquistado foi o compromisso da Caixa em repassar com periodicidade de seis meses as informações financeiras e atuariais do plano, para que os empregados e suas entidades representativas possam realizar um acompanhamento mais permanente.
A CEE/Caixa reafirmou na mesa que o processo de fechamento do acordo específico não pode comprometer a renda dos beneficiários ou torne inviável o uso do Saúde Caixa. “Vamos iniciar o próximo ano sem a necessidade de contribuições extraordinárias. A Caixa apresentou algumas simulações de propostas para o custeio do plano 2024, e enfatizamos que não queremos que o titular seja mais cobrado em sua porcentagem e solicitamos outras simulações de propostas mais razoáveis, que garantam um plano sustentável e financeiramente viável para todos os trabalhadores”, afirmou a representante do Nordeste na CEE/Caixa e secretária-geral do Sindicato, Cândida Fernandes
O Saúde Caixa é uma das maiores conquistas dos empregados. O teto de custeio que limita os gastos da Caixa com a saúde dos empregados em até 6,5% da folha de pagamento foi incluído no Estatuto do banco em 2017. “Essa mudança prejudicial para os usuários do plano foi parte do processo de sucateamento das empresas públicas, no governo Temer. Por isso, temos que ampliar a luta pela derrubada do teto de contribuição e disputar com o governo para que a Caixa, que tem um papel social fundamental, não sacrifique os seus empregados”, avalia o presidente do Sindicato, Fabiano Moura.
Entre os problemas que precisam de solução rápida, destacam-se o retorno das estruturas regionais de gestão e a descentralização do atendimento para usuários, além do credenciamento de profissionais, clínicas e hospitais. Uma nova reunião foi agendada para quinta-feira da próxima semana, dia 16 de novembro.