Nesta segunda-feira (28), a maior central sindical da América Latina, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), completa 40 anos de fundação. Desde 1983, em plena ditadura militar, a CUT nasceu para lutar pela redemocratização do país e enfrentar um modelo de organização sindical que não representava os trabalhadores e as trabalhadoras do país.
Em Pernambuco, o Sindicato dos Bancários parabeniza à Central e à nova diretoria da CUT-PE, que toma posse também nesta segunda-feira (28), com Paulo Rocha reconduzido à Presidência da Central no estado, pelo segundo mandato. Durante o 16º CECUT-PE, realizado no início de agosto, os 335 delegados e delegadas elegeram a nova diretoria da CUT-PE para o mandato 2023-2027, que conta com representantes da categoria bancária: Tereza Souza (Sec. Finanças) e Francisco Rufino e Brenno Almeida na diretoria.
Fabiano Moura, presidente do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, deixa a diretoria da CUT-PE após importantes contribuições como secretário de Formação, de Comunicação e, na última gestão, de Administração e Finanças. Ele destaca o compromisso e importância da CUT na luta contra desigualdades e injustiças cometidas no mundo do trabalho.
“Há 40 anos que a Central Única dos Trabalhadores organiza a luta da classe trabalhadora em nosso país. Temos muito o que comemorar, mas também muitos desafios para superar e vários avanços para conquistar. Parabéns à CUT pelas formulações, lutas e resistência em defesa dos trabalhadores e das trabalhadoras”, comenta Fabiano Moura.
Desde a fundação, a CUT sempre se colocou como um dos principais meios de luta da classe trabalhadora por direitos. Mais de 5 mil delegados, de todas as regiões do País, votaram para a criação desta importante Central no Conclat, que foi realizado em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. Desde então, a Central é respeitada pelos movimentos social e sindical, fortalecendo o embate contra perdas salariais e ataques do setor patronal.
A formalização da organização das mulheres dentro da Central ocorreu com a aprovação da criação da Comissão Nacional Sobre a Questão da Mulher Trabalhadora (CNMT) no 2º Congresso Nacional da CUT (CONCUT), ainda em 1986, a partir da necessidade de enfrentar a realidade e a discriminação no cotidiano no trabalho, na sociedade e no movimento sindical e de inserir as demandas da mulher trabalhadora na plataforma da Central. Com importantes contribuições para a construção da CUT, as mulheres conquistaram a paridade na CUT Nacional e estaduais em 2015.
A Central destaca-se pela transversalidade da luta, incluindo no debate da classe trabalhadora as políticas para pessoas LGBTQIAPN+, juventudes, mulheres e combate ao racismo, além de lutar por políticas sociais ampliando a pauta corporativa.
Desta forma, a CUT teve papel decisivo nos momentos históricos do país, como o impeachment de Collor, combate à política privatista de FHC, contribuições para políticas sociais e valorização dos trabalhadores no governo Lula e Dilma, resistência para enfrentar as reformas do governo golpista de Temer e o negacionismo e desmonte do setor público no governo Bolsonaro.
Agora, aos 40 anos, a CUT segue participando ativamente do processo de reconstrução do país, com pautas pela valorização do salário mínimo, fortalecimento do movimento sindical, defesa dos direitos básicos como saúde, educação e moradia, e na luta por direitos para todos os trabalhadores.