
Símbolo de luta e organização da categoria bancária, o Dia dos(as) Bancários(as) é celebrado nesta segunda-feira, 28 de agosto. Mais de 70 anos depois da origem da data, que surgiu como marco da grande greve de 1951, a categoria comemora vitórias importantes conquistadas ao longo dos anos, como a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) nacional, a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), direitos como o Vale Refeição e o Vale Alimentação, além do histórico de reajustes salariais acima da inflação.
“A nossa categoria é uma referência nacional para o movimento sindical brasileiro. Conquistamos uma CCT nacional, que é um grande guarda-chuva de direitos, e nas últimas campanhas conseguimos superar as dificuldades do cenário político e econômico com acordos bianuais que representaram avanços nas cláusulas econômicas e sociais. Sabemos que todos os direitos que conquistamos são fruto da nossa luta e merecemos esta contrapartida enquanto trabalhadores, pois ser bancário é assumir um compromisso com a sociedade e com o crescimento do País. Parabéns a todos os bancários e bancárias”, afirma o presidente do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Fabiano Moura.
Para setembro de 2023, está garantido o aumento real (INPC+ 0,5%) para os salários, PLR e demais verbas. Assim como mantido todos os direitos da CCT (confira aqui) e as negociações em mesas específicas permanentes. “Seguiremos reivindicando um ambiente de trabalho saudável, combatendo as metas abusivas e cobrando mais postos de trabalho para reduzir a sobrecarga nos bancos, pois atuamos no ramo mais lucrativo do país, ou seja, com plenas condições de oferecer melhores condições de trabalho. Embora a próxima Campanha Nacional dos Bancários seja em 2024, esse é um trabalho permanente do Sindicato”, completa Fabiano Moura.
HISTÓRIA
No dia 28 de agosto, em 1951, os bancários decidiram cruzar os braços para reivindicar um reajuste salarial de 40%, quando os bancos queriam dar apenas 20%. Os índices oficiais do governo na época apontavam um aumento de 15,4% no custo de vida. Os bancários refizeram os cálculos e o próprio governo teve que rever seus índices, que saltou para impressionantes 30,7%. Depois de 69 dias de paralisação, os bancários conquistaram 31% de reajuste. Foi a maior greve da história da categoria e o dia 28 de agosto passou a ser considerado o Dia do(a) Bancário(a).
Além do reajuste, a greve de 1951 também fez surgir sindicatos de bancários em vários pontos do país. Assim, também é indiscutível a importância da greve para a organização da luta da categoria, que de lá para cá obteve muitas outras conquistas e, inclusive, é a única do país com uma Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) nacional.