
O Sindicato dos Bancários de Pernambuco conquistou, no mês de junho, a reintegração do bancário Paulo Ozias, funcionários do Bradesco, que teve o adoecimento laboral reconhecido pela Justiça do Trabalho. Com mais de 21 anos de trabalho na empresa, o bancário Paulo foi demitido em outubro de 2022, um mês antes da unidade na qual estava lotado – Ag. Marquês de Olinda ser fechada em meio ao processo de reestruturação do banco.
Embora tenha comunicado que com o encerramento das atividades da referida unidade, localizada no Bairro do Recife, o processo posterior seria de migração para a agência Imperador, o banco realizou demissões no seu quadro funcional. A ação com pedido de reintegração foi movida pelo Sindicato, por meio do Escritório GFG – Galindo, Falcão e Gomes.
Paulo Oziais tem diagnóstico de Lesões por Esforços Repetitivos (LER) há mais de cinco anos, quando buscou tratamento. A condição de saúde foi reconhecida pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que concedeu benefício previdenciário B-91.
“Apesar de sentir que precisava cuidar da minha saúde e sentir muitas dores eu não dava entrada em licença médica, por medo de represália. No banco somos alvo quando nos ausentamos, mesmo se for necessário. Então, por muitos anos coloquei o banco em primeiro lugar. Mas, agora, a saúde é a minha prioridade. Sempre tive o Sindicato como um parceiro ao longo desses 21 anos de profissão. Mais uma vez, fui bem assistido e recebi todas as orientações que precisava no momento da demissão”, afirmou Paulo.
Para o secretário de Assuntos Jurídicos, Flávio Coelho, o aumento do adoecimento e as demissões entre os bancários preocupam o Sindicato. “Os bancos não se importam com a saúde dos seus funcionários, gerando o adoecimento e demitindo trabalhadores, numa prática desumana que remete ao descarte. Estamos sempre de portas abertas para garantir acolhimento e contribuir para a garantia do emprego e da qualidade de vida dos bancários”, comenta Flávio.