Bancários de Pernambuco denunciam reestruturação da Caixa

Numa reação à decisão unilateral e arbitrária da Caixa Econômica Federal, entidades representativas dos empregados da Caixa em todo o País realizaram um Dia Nacional de Luta para denunciar mais uma reestruturação no banco. No Recife, o Sindicato dos Bancários de Pernambuco realizou um ato em frente à Caixa Econômica Federal, localizada na Avenida Conde da Boa Vista, dialogando com a população sobre os impactos deste desmonte para sociedade e para a categoria.

“A diretoria da Caixa está sucateando o banco, retirando comissionamentos, deslocando empregados dos seus locais de trabalho, assediando as pessoas. Por isso, hoje, estamos cobrando respeito aos empregados. Sabemos que esta é uma prática do governo Bolsorano, que quer vender o patrimônio do Brasil e acabar com os serviços públicos. Mas, não vamos abrir mão da nossa luta contra a privatização da Caixa, porque esse banco público é responsável pelo desenvolvimento do País, quando investe em Saúde, Educação, Moradia, Infraestrutura para a população”, defende a presidenta do Sindicato, Suzi Rodrigues.

Sem diálogo prévio com os empregados, a direção da Caixa decidiu vender prédios e suspender a renovação de aluguéis de 170 imóveis ocupados pela empresa, num verdadeiro despejo que atinge praticamente todas as suas áreas, muitas delas postas em extinção. Empregados com função incorporada estão sendo retirados de seus locais de trabalho, deixa claro que o propósito da direção da empresa é forçá-los a aderir ao Plano de Demissões Incentivadas (PDV).

A secretária de Bancos Públicos e empregada da Caixa, Cândida Fernandes, critica as medidas tomadas pela diretoria do banco. “A alta direção da Caixa, personalizada na figura do seu presidente Pedro Guimarães e do vice-presidente de varejo, Paulo Ângelo, resolveram implementar uma reestruturação dentro da Caixa, fechando departamentos, vendendo imóveis, sem nenhum diálogo com funcionários e o movimento sindical. Os empregados da Caixa estão sendo comunicados na sexta-feira à noite, que precisam se apresentar em uma agência, às vezes 60km de distância da sua residência, na segunda-feira pela manhã, sem nem ter ideia de que agência será essa, porque as opções também não foram apresentadas. É um grande desrespeito aos funcionários da Caixa, é um desrespeito ao trabalho realizado, duro, neste ano de pandemia”, conclui.

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