
Nesta quinta-feira (24), o Sindicato dos Bancários de Pernambuco realiza duas atividades em defesa dos interesses da categoria. A partir das 8h30, os dirigentes estarão nos sinais do cruzamento do Derby, área central do Recife, para denunciar as demissões no Santander. Em seguida, às 10h, em frente ao Banco do Nordeste, na Av. Conde da Boa Vista, haverá um ato simbólico em defesa dos bancos públicos.
De acordo com o levantamento parcial feito pelas federações dos bancários, até 22 de setembro, mais de 1 mil bancários do Santander foram demitidos. O número de demissões pode ser ainda maior, uma vez que o banco não apresenta os dados e os sindicatos tiveram que fazer um levantamento a partir das informações que são passadas pelos próprios trabalhadores.
“O banco quebrou seu compromisso de não demitir funcionários durante a crise sanitária causada pelo novo coronavírus que assola o país e as demissões estão ocorrendo em diversos estados, inclusive em Pernambuco. É inadmissível que com o lucro gerado pelo empenho dos bancários no Brasil, o Santander continue demitindo”, destaca a dirigente da Fetrafi-NE e membro da COE Santander, Tereza Souza.
Com lucro no Brasil de 6 bilhões apenas no primeiro semestre de 2020, o banco Espanhol tem cobrado metas abusivas para venda de produtos, mesmo durante a crise. Em 2019, o banco inclusive foi condenado pela cobrança de metas abusivas que geram adoecimento mental da categoria.
Com relação aos bancos públicos, a atividade que será realizada nesta quinta-feira (24), pretende dialogar com a sociedade sobre a importância dos bancos públicos para o desenvolvimento do País. “Em especial durante a pandemia, os brasileiros tiveram a oportunidade de ver na prática o papel social da Caixa na distribuição de renda com o auxílio emergencial, do Banco do Brasil no socorro às pequenas e médias empresas e do Banco do Nordeste para garantia da agricultura familiar e abastecimento das cidades. Queremos resgatar este sentimento de que o banco público é dos brasileiros e serve à sociedade. Para isto, precisamos de empresas públicas fortes”, conclui a presidenta do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Sandra Trajano.
Os bancos públicos, assim como as demais empresas públicas do País, estão sendo desmontados pela política entreguista adotada pelo governo Bolsonaro. Os ataques também são direcionados aos empregados, por meio de medidas provisórias e resoluções do governo, assim como pela gestão do medo implementada nas empresas públicas.