COE Santander cobra tarifa zero para funcionários

Após
dois dias de intensas negociações sobre o Acordo
Coletivo de Trabalho (ACT), o banco Santander não
atendeu a uma das principais reivindicações  dos funcionários:
a isenção de tarifa e linhas de crédito com condições
diferenciadas para os empregados do banco. A mesa realizou-se nos
dias 3 e 4 de março.

No
primeiro dia, o banco havia apresentado uma proposta que prevê a
renovação do atual acordo, alterando apenas o índice de correção
do piso do Programa Próprio de Resultados Santander (PPRS), de
acordo com o índice da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da
categoria. Os representantes dos trabalhadores recusaram a proposta
do banco no momento de sua apresentação e deixaram claro que, além
de renovar na íntegra o aditivo, é preciso avançar em alguns
pontos.

“Não
estamos pedindo nada que o banco, que lucrou R$ 14,550 bilhões em
2019, não possa oferecer aos funcionários. Na Europa e na América,
os funcionários do Santander não pagam tarifas como clientes.
Enquanto, aqui no Brasil, onde somos responsáveis por 28% do lucro
global do banco, não temos contrapartidas da empresa”, afirma a
dirigente da Fetrafi-NE e membro da COE Santander, Tereza Souza.

Entre
as reivindicações, os trabalhadores reivindicam também que sejam
revistos os custos de coparticipação do plano de saúde; haja
redistribuição da bolsa auxílio pós-graduação e MBA; e que o
piso da PPRS seja de R$ 3.658,00, para equiparar o resultado do banco
à participação paga aos empregados. 

Os
trabalhadores também reivindicam que o banco pague não só a
primeira prova do CPA20, mas também as outras que os funcionários
tiverem que fazer, já que a certificação é uma exigência do
banco.

O
banco disponibilizará um simulador para os funcionários treinarem e
estudarem antes de fazerem a prova e que marcará a prova do
funcionário quando este atingir 80% de aproveitamento no simulador.

Para
a PPRS, a proposta do banco é aumentar o piso dos R$ 2.660,00 atuais
para 2.800,00. Para o ano 2020 e 2021 a PPRS seria reajustado pelo
índice da CCT daquele ano.

Em
relação à isenção de tarifas, o banco pediu 30 dias para
apresentar uma proposta, mas não quer vincular a renovação do
aditivo à essa pauta.

“O
banco encerrou a mesa de negociação, alegando que não há como
avançar na proposta. Mas, enquanto representantes dos trabalhadores
valorizamos o processo de negociação e sabemos da importância
deste acordo. Por isso, esperamos que nos seja apresentada uma
proposta que atenda às reivindicações”, conclui a presidenta
do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Suzi Rodrigues.

Expediente:
Presidente: Fabiano Moura • Secretária de Comunicação: Sandra Trajano  Jornalista ResponsávelBeatriz Albuquerque • Redação: Beatriz Albuquerque e Brunno Porto • Produção de audiovisual: Kevin Miguel •  Designer Bruno Lombardi