Dia da Visibilidade Trans alerta para transfobia e exclusão de transexuais e travestis do mercado de trabalho

Há 16 anos, o Brasil celebra no dia 29 de janeiro a visibilidade trans. A data é fruto da campanha “Travestis e Direitos” lançada pelos movimentos sociais em parceria com o Ministério da Saúde, durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O objetivo é denunciar a falta de acesso de transexuais e travestis a direitos básicos dos cidadãos, como habitação, saúde e igualdade de oportunidades. 
Hoje, a batalha central do movimento trans é a empregabilidade e o fim do assassinato de pessoas trans, de acordo com a presidenta da Articulação e Movimento para Travestis e Transexuais de Pernambuco (Amotrans-PE), Choppelly Santos. “O uso do nome social foi uma grande conquista, mas a empregabilidade ainda é a grande questão, pois os empregadores ainda não dão oportunidades em razão do preconceito. Além disso, o número de assassinatos ainda é muito grande no Brasil e precisamos combater”, afirma.
Diante da exclusão do mercado de trabalho, cerca de 90% dos travestis e transexuais acabam recorrendo à prostituição para sobreviver no Brasil. Estimativa é da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), que realizou levantamento em diversas regiões.
Nos bancos, o uso do nome social pelas pessoas trans, com a identidade em crachás, e-mails, cartões de visita e portais internos, é uma conquista do movimento sindical. A pauta foi apresentada na mesa de Igualdade de Oportunidades e acatada pela Fenaban, em 2017.
“O respeito à identidade de gênero dos indivíduos é um direito de todos e deve ser contemplado também em negociações coletivas. Nesta importante data, colocamos o Sindicato dos Bancários de Pernambuco à disposição para contribuir com o combate à transfobia, pois o Brasil é o País que mais mata pessoas trans no mundo e não podemos aceitar esta realidade. Temos um governo Federal conservador que não tem o interesse de desenvolver políticas públicas para transsexuais e travestis. Então, precisamos nos fortalecer e formar redes de apoio e luta”, destaca a presidenta do Sindicato, Suzi Rodrigues. 
Nesta quarta-feira (29), Suzi Rodrigues participa da inauguração do memorial às travestis assassinadas no Recife vítimas da transfobia. O evento acontece às 11h, no Parque 13 de Maio, no bairro da Boa Vista.

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