
A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil se reuniu nesta quarta-feira (4), em Curitiba, com representantes do Banco do Brasil para tratar de questões específicas dos funcionários das Centrais de Relacionamento do banco (CRBB).
A secretária-Geral do Sindicato dos Bancários de Pernambuco e membro da COE BB, Sandra Trajano, participou da negociação. “Com a mudança de perfil de atendimento para relacionamento da central, o que inclui venda de produtos, os funcionários passaram a ter metas a cumprir e alterações da sistemática de trabalho. Os funcionários estão procurando sair da CRBB. Então, o objetivo da mesa foi pensar esses problemas e apontar proposições para reduzir o êxodo das pessoas”, afirma Sandra.
O Sindicato dos Bancários de Pernambuco apresentou para Dipes e para a Gerência do CRBB o relatório dos problemas identificados na CRBB do Recife (PE), como a queda recorrente do sistema em rede, condições de trabalho, metas e a falta de treinamento para equipe.
O banco acolheu as questões levantadas e ficou de analisar cada ponto. Uma ação imediata foi uma visita conjunta entre sindicato e a Gerências Regionais de Gestão de Pessoas (Gepes) na CRBB, para tratar de possíveis soluções de treinamento, cursos e como condições de trabalho.
Gestão de pessoas
Durante a reunião, os representantes dos trabalhadores também foram informados que haverá mudanças nas Gepes, que passarão a produzir soluções para as dependências. Dentro da nova estrutura, haverá um segmento responsável pela CRBB, que poderá verificar todas as questões apresentadas pelos funcionários e será responsável por tratar desse assunto com os representantes dos trabalhadores.
Questões apresentadas pela COE BB
Sobrecarga do atendimento nas CRBBs pela fata de funcionários;
cargos vagos não são repostos por falta de concursos para contratação de novos funcionários;
funcionários sentem-se pouco reconhecidos, ainda que sejam bem qualificados com cursos, graduação, pós-graduação e certificações;
diferença entre cobrança em relação a metas e disponibilidade para atendimento, de acordo com a tipificação de atendimento;
falta de clareza nas metas e cobrança excessiva;
falta de clareza nos critérios para pagamento do PDG;
falta de plano de carreira na CRBB e perspectiva profissional (Plano de Cargos e Salários);
falta programa de capacitação dos funcionários para o atendimento de determinados “skills” (produtos de investimento/captação, ações etc.), embora possam ter certificação (CPA20/CEA) para esse tipo de atendimento;
sobrecarga de ligações para o atendimento do ATA das agências, e demais atendimentos, devido à falta de funcionários e ligações sem pausas adequadas;
valorização dos atendentes/consultores, com valor de referência (VR) compatível com as metas de negócios e seja atrativo para o encarreiramento no BB.