Sindicato afirma que mobilização é a única forma de barrar a Reforma da Previdência

Enquanto
as instituições financeiras devem R$ 124 bilhões para a União, o
presidente ilegítimo Michel Temer – que se aposentou aos 55 anos e
recebe mais de R$ 30 mil – não mede esforços para colocar em
votação a nefasta Reforma da Previdência e, assim, cobrar que a
conta do falacioso déficit seja paga pela população brasileira.

De
acordo com as regras propostas pelo governo, o trabalhador precisará
contribuir para o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS)
durante 40 anos para receber o valor integral da aposentadoria. A
reforma também prevê a elevação da idade mínima, que será de 65
anos para os homens e 62 para as mulheres.

Apesar
de todo o investimento financeiro e político, o governo Federal está
enfrentando dificuldades para aprovar a reforma da Previdência. O
assunto chegou a ser retirada da pauta da Câmara dos Deputados
devido à forte pressão popular.

Apesar
da vitória conquistada pelos trabalhadores nas ruas, os setores
conservadores continuam tentando articular a aprovação da medida.
Na última quarta-feira (13), o Palácio do Planalto chegou a
divulgar nota informando que pretende discutir a data da votação da
reforma com os presidentes do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), e
da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Segundo Maia, a discussão sobre a reforma será realizada em 2018, após o Carnaval. 

O
governo aponta a reforma como a única solução para sanar o suposto
rombo de R$ 151,9 bilhões nos fundos da Previdência Social.
Entretanto, esconde da população que o verdadeiro problema é o
desvio de recursos para outros setores. Segundo a Associação
Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip),
o total de recursos da seguridade destinados a Desvinculação de
Receitas da União (DRU) chegou a R$ 91,8 bilhões (2016).

Por
trás das discussões políticas, os banqueiros também atuam para
forçar a aprovação da medida, que impedirá que milhões de
pessoas consigam se aposentar por meio da previdência pública. Os
pagamentos para a previdência privada, inclusive, já registraram
alta de 28,94% em setembro deste ano, no comparativo com o mesmo mês
em 2016, segundo os dados da Fenaprevi.

“Os
banqueiros financiaram o golpe em 2016 e agora estão cobrando a
conta ao governo. Até agora, com muita luta, conseguimos impedir que
a Reforma da Previdência fosse aprovada. Mas, precisamos continuar
mobilizados porque estão manobrando para tentar implementar a medida
ainda neste ano”, conclui a presidenta do Sindicato dos Bancários
de Pernambuco, Suzineide Rodrigues.

Regras para os servidores
públicos

O
tempo mínimo de contribuição para que os servidores tenham direito
à aposentadoria será de 25 anos, com o valor correspondente a 70%
da média salarial. As regras atuais possibilitam aos servidores
públicos que entraram em 2012 o direito de receber até o valor
integral de seu salário. Com as regras previstas na proposta
reciclada do governo, para o servidor/a atingir o valor integral, que
passará a ser o teto do INSS, de R$ 5.531,31 -, terá de contribuir
por 40 anos.

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