Sindicato promove ato para marcar Dia da Consciência Negra

Para
marcar o Dia da Consciência Negra (20), o Sindicato dos Bancários
de Pernambuco visitou agências do Itaú, Santander, Bradesco e Banco
do Brasil, localizadas nos bairros do Derby e das Graças, no Recife.
Na ocasião, os dirigentes apresentaram a campanha “Não Precisa
Ser para Sentir” e reivindicaram mais contratações de negros nos
bancos privados.

Em
todas as unidades os dirigentes sindicais abriram o ato cantando em
coro a música “Canção das Três Raças”, imortalizada na voz
de Clara Nunes. Na oportunidade,
a presidenta do Sindicato Suzineide Rodrigues, destacou a luta do
povo negro pela libertação e estabeleceu um paralelo com a
resistência da classe trabalhadora. “As
reformas
trabalhista
e da Previdência e
a MP do trabalho escravo potencializam o crescimento da discriminação
racial. Hoje, os trabalhadores precisam lutar contra
a retomada da escravidão no Brasil. O
líder Zumbi
dos Palmares é
um ícone que nos inspira a lutar pela justiça e pela liberdade.Escravocratas
não passarão”, afirmou.

Panfletos
com os dados sobre o racismo no Brasil também foram distribuídos
para os clientes e bancários. De acordo com o documento, que
apresenta dados referenciados, 6 em cada 10 negros já foram vítimas
de discriminação no ambiente de trabalho; de cada 100 pessoas
assassinadas no Brasil, 71 são negras; e 67% dos entrevistados
acreditam que já deixaram de ser contratados para uma vaga por serem
negros.

Para
Vinícius Santos, jovem negro e funcionário do Santander, a
iniciativa do Sindicato é necessária e urgente. “Esses
dados muitas vezes são ocultados pela mídia. Trazer essas
informações para os nossos clientes é de muita valia porque os
negros que trabalham nos bancos sofrem com o preconceito. Além da
discriminação que impede que o negro ganhe uma promoção para
assumir um cargo mais alto. É difícil você ver um negro como
gerente-geral,
superintendente regional. É com a luta que a gente busca angariar
mais espaço”, destacou.

Na
avaliação da secretária da Mulher do Sindicato, Eleonora Costa, o
país vive hoje uma grande
retrocesso. “O que esse governo golpista quer é mandar nós negros
de volta para a senzala. Estamos perdendo direitos e essas medidas
atingem mais as mulheres e a população negra. Então, precisamos
estar
unidos para enfrentar
o governo golpista
de
Michel Temer”, protestou.

Expediente:
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