Ato com Dilma: “Somos todas as mulheres”, disseram as militantes no Pátio do Carmo na sexta-feira, 17

Na tarde da última sexta-feira (17), ao lado das mulheres pernambucanas, a presidenta Dilma Rousseff deixou claro porque os golpistas conseguiram apeá-la momentaneamente da Presidência da República: para salvar a própria pele. Mas o ato político, realizado no Pátio da Igreja do Carmo, no centro do Recife, mostrou que as mulheres, feministas, campesinas, donas de casa, servidoras públicas, artistas e trabalhadores em geral, não vão deixar que a democracia seja vilipendiada.

 O ato político reuniu mais de 10 mil pessoas que pediram pelo retorno da democracia. A presidenta Dilma Rousseff criticou fortemente os autores do golpe de estado que está em curso e pediu que o povo resista.

“Esse é um processo para tirar (da presidência) uma mulher que não tem conta na Suíça, que não DYNAMICuou nem DYNAMICua com a corrupção. Esse processo foi liderado por um bando de usurpadores que têm dois objetivos: o primeiro é barrar as investigações para que elas não cheguem até eles. Mas o segundo é muito grave: desmantelar e destruir todas as políticas sociais, todas as políticas de defesa da soberania nacional, todas as políticas de defesa dos interesses e dos direitos individuais e coletivos do povo brasileiro. É uma volta atrás, porque é um governo de homens brancos, ricos e velhos”, denunciou.

Dilma ressaltou a diversidade étnica e cultural brasileira e questionou: “Como é possível um governo desse país sem mulheres, sem negros e sem consideração com o movimento popular. Como é possível, em um país com essa diversidade cultural, e o primeiro passo que eles deram foi acabar com o Ministério da Cultura?”.

A cultura popular soltou o verbo no Ato das Mulheres pela Democracia e Contra a Violência.Tem mulher dona de casa, mulher de competência, tem mulher unindo forças, também na presidência”, cantam mulheres do movimento popular!”. “Eu sou madeira de lei que cupim não rói. É essa minha identificação com vocês”, disse em um determinado momento a presidenta, sendo acompanhada por um enorme coro que entoou a canção carnavalesca “Madeira que cupim não rói”.

Dilma Rousseff disse que não pretende negociar um pacto nacional ou antecipação de novas eleições sem que retome o mandato presidencial. “Não haverá hipótese, em nenhum momento, de aceitarmos, sem o retorno da presidenta eleita por 54,5 milhões de votos ao governo, discutir qualquer pacto. Não há pacto possível com governo ilegítimo, governo que é provisório”, afirmou.

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