Três pontos de
discordância entre os sindicatos e o Banco do Nordeste impedem a
conclusão dos entendimentos entre as partes para a implantação
definitiva do Ponto Eletrônico em todas as dependências da
instituição. As divergências referem-se a questões relacionadas à
flexibilização da jornada de trabalho, instalação de banco de
horas e dispensa do registro eletrônico de ponto para funcionários
que não ocupam função de gestão principal.
As
discrepâncias vieram à tona na primeira reunião da mesa permanente
de negociação de 2016, realizada na última quinta-feira, dia 28,
no Passaré, em Fortaleza. Outros assuntos de interesse dos
funcionários do banco também foram tratados na ocasião, como a
definição do dia 15 de fevereiro deste ano para o início dos
trabalhos da Comissão que vai definir as regras para a eleição do
Conselheiro de Administração Representante dos Funcionários.
“As
negociações com o BNB em 2016 começaram muito mal. O banco está
colocando obstáculos para a implantação do ponto eletrônico, que
é uma antiga reivindicação dos bancários. Vamos aumentar a
pressão sobre o BNB para garantir avanços nas próximas
negociações”, explica o diretor do Sindicato, Rubens Nadiel, que
é bancário do BNB.
PLR – Os sindicatos
também cobraram explicações sobre o elevado provisionamento para
devedores duvidosos do banco, cujo valor até novembro de 2015 já
atingiu cifra de R$ 1,8 bilhão. Os diretores sindicais relacionaram
o pequeno lucro líquido do banco até então a esse despropósito de
provisões que certamente irá afetar o pagamento da PLR do
funcionalismo. A direção do banco negou-se a prestar quaisquer
esclarecimentos e adiantou que somente através das notas
explicativas do balanço de 2015 é que o BNB se
posicionará.
Concorrências – Os
representantes sindicais reivindicaram do BNB mudança na sistemática
de efetivação em comissões conquistadas mediante concorrência,
dizendo ser inadmissível que, mesmo após ter cumprido com êxito
todas as etapas do processo, o funcionário seja prejudicado pela
palavra final do gestor principal de sua unidade de lotação, ao não
aceitar sua remoção. Os representantes do BNB comprometeram-se a
implantar uma nova sistemática prevendo prazo para a efetivação do
comissionamento, ao abrir concorrência em tempo hábil para a vaga
por ele deixada.
Os sindicatos entendem que a origem desse
problema está na quantidade insuficiente de funcionários, daí
terem cobrado mais uma vez a convocação dos aprovados no último
concurso. Sobre essa questão, o único compromisso assumido pelos
negociadores do BNB foi de que vão defender a prorrogação do
concurso vigente, cujo prazo de validade expira em junho deste ano.