Sindicato exige suspensão da nova reestruturação do Banco do Brasil

Em mais uma rodada de
negociação sobre as mudanças na Visin (Vice-Presidência de
Serviços, Infraestrutura e Operações), os sindicatos cobraram do
Banco do Brasil a suspensão imediata da reestruturação. A reunião
realizada em Brasília, nesta quarta-feira (20), foi marcada pela
recusa do BB às reivindicações dos dirigentes sindicais.

Segundo
a presidenta do Sindicato, Suzineide Rodrigues, o único acordo
acertado na reunião desta quarta foi sobre a manutenção dos
funcionários envolvidos na reestruturação em suas cidades. “O BB
concordou em priorizar as vagas comissionadas a quem perdeu função
na reestruturação, que envolve as áreas de logística, operações
e plataforma do PSO e setor dos caixas das agências. Infelizmente,
não conseguimos muitos avanços nesta reunião. A postura dos
representantes do banco foi frustrante”, comenta Suzineide.

As
mudanças que o BB pretende fazer na Visin envolvem cerca de 17 mil
funcionários. No Recife, cerca de 80 bancários perderão a
comissão, que representa em torno de 50% da atual remuneração
deles. “O Sindicato está realizando reuniões e protestos com os
bancários do BB envolvidos na reestruturação. Vamos pressionar o
banco porque nosso objetivo, agora, é garantir a suspensão da
reestruturação e a abertura de negociações para discutir o tema,
que envolve milhares de pessoas”, diz Suzineide.

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Sindicato organiza bancários do BB contra os males da nova
reestruturação

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Sindicato exige proteção aos bancários envolvidos na
reestruturação

Suspensão
do processo –
Durante a reunião desta quarta, os
representantes dos funcionários solicitaram ao banco a suspensão do
processo de reestruturação, considerando-se o grande tumulto
causado nos locais, a falta de consistência nos sistemas de
concorrências e a falta de comunicação formal aos funcionários
dos locais envolvidos.

O BB,
no entanto, apenas
prorrogou o início das mudanças em 20 dias – passando de 25 de
janeiro para 15 de fevereiro – o que foi considerado insuficiente
pelo movimento sindical. A empresa também não esclareceu como serão
feitas as alterações na Plataforma de Suporte Operacional (PSO),
subordinada à Visin, que atinge caixas e gerentes
operacionais.

Poucas garantias
apresentadas –
Dentro das cobranças apresentadas pelos
sindicatos, de garantias aos funcionários, o BB informou que está
agilizando a quebra da trava de concorrência, fará um curso de
capacitação para quem for para a rede de agências, vai garantir a
migração na lateralidade de 6 ou 8 horas se houver o cargo no novo
prefixo e, ainda, a garantia de extra-quadro como escriturário em
agência de preferência do funcionário, analisando ao número de
pedidos de cada local, para se evitar um número grande de
extra-quadro na mesma dependência.

Os
representantes dos funcionários argumentaram ao banco que poderá
ocorrer problemas de migração e realocação mesmo nas cidades que
aumentarão o quadro de pessoal, devido ao plano de funções, uma
vez que pela regra do Plano de Funções alguns funcionários terão
salário reduzido mesmo subindo de cargo.

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