Bancários do Banco do
Brasil de todo o país realizam na próxima sexta-feira (15),
atividades contra o modelo de reestruturação na Visin
(Vice-Presidência de Serviços e Infraestrutura), anunciada pela
empresa na semana passada.
Várias localidades terão redução
de quadros de pessoal e o prazo estabelecido pelo BB é menor do que
todas as reestruturações apresentadas recentemente. Segundo os
representantes do banco, Recife será uma das praças mais atingidas
pela nova reestruturação.
>> Sindicato exige proteção aos funcionários do Banco do Brasil
As novas mudanças foram
apresentadas pelo Banco do Brasil aos sindicatos em negociação no
último dia 7. A empresa, no entanto, não informou os detalhes da
redução ou ampliação em cada praça, o que gera mais preocupação
por parte dos funcionários.
Segundo a presidenta do
Sindicato, Suzineide Rodrigues, trata-se de mais uma reestruturação
que será implantada à toque de caixa, como tem sido de costume no
banco.
“A reestruturação deve movimentar centenas de
funcionários, boa parte no Recife. Durante a reunião da semana
passada, exigimos dos representantes do BB garantias concretas de que
todos os funcionários serão realocados na mesma localidade, e sem
perda de comissão. Também queremos a prorrogação do prazo de
reestruturação para que o movimento sindical possa acompanhar e
dialogar com o banco, visando a proteção dos direitos dos bancários
envolvidos”, diz Suzi.
Para Wagner Nascimento, coordenador
da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, a diretoria do banco
precisa ter mais respeito com os funcionários. “Uma reestruturação
envolvendo tantas pessoas precisa de mais tempo para se fazer as
adequações. Não entendemos a quem serve essa pressa toda. O banco
só pensa em redução de custos e não se importa com as pessoas e
suas famílias, a partir do momento em que obriga um funcionário a
tomar a decisão de mudar de cidade em menos de 20 dias”,
ressaltou.
A reestruturação – As
mudanças que o BB pretende fazer na Vice-Presidência de Serviços,
Infraestrutura e Operações devem criar sete novos centros e gerar a
centralização de serviços em algumas praças. Esta reestruturação
envolve as principais localidades onde já existem os grandes centros
de serviços e logística, como no Recife, e, praticamente, todos os
locais com plataformas PSO.
Além do Recife, a reestruturação
também atingirá, em maior escala, as praças de Belém, Belo
Horizonte, Brasília, Campo Grande, Curitiba, Florianópolis,
Fortaleza, Goiânia, Manaus, Porto Alegre, Ribeirão Preto, Rio de
Janeiro, Salvador e São Paulo.