A Contraf-CUT,
federações e sindicatos querem debates mais aprofundados na mesa
temática de Saúde em 2016. Esta foi a reivindicação levada à
Fenaban, na retomada das negociações após a Campanha Nacional,
nesta quarta-feira (9), em São Paulo.
Segundo o secretário
de Saúde do Sindicato, Wellington Trindade, as reivindicações
sobre saúde e condições de trabalho não avançaram este ano.
“Cobramos da Fenaban, tanto na mesa temática quanto nas
negociações da Campanha Nacional, reivindicações importantes como
o fim das metas abusivas e do assédio moral, que tanto têm adoecido
os bancários. Pela primeira vez, os bancos reconheceram que há
abusos na cobrança de metas e aceitaram negociar. Queremos que, em
2016, haja avanços concretos para combater os problemas que afetam a
saúde dos bancários”, diz Wellington.
Durante a reunião
desta quarta foram discutidos, ainda, o Programa de Reabilitação
Profissional (cláusula 44ª da Convenção Coletiva), o GT de
Análise dos Afastamentos, que agora será permanente e a cláusula
57ª da CCT, conquista da campanha deste ano, que prevê o
desenvolvimento de programas, pelos bancos, para a melhoria contínua
das relações de trabalho.
Também estraram na pauta a
participação e avaliação do PCMSO (Programa de Controle Médico
em Saúde Ocupacional) pelos empregados e melhorias na SIPAT (Semana
Interna de Prevenção de Acidentes), já que muitos bancos têm
substituído o formato presencial pelo formato eletrônico, sem
nenhuma negociação com a representação dos trabalhadores.
Ficou
decidido que a Fenaban apresentará à Contraf-CUT uma proposta de
calendário de reuniões para o próximo ano, tanto para as
negociações da mesa de Saúde, quanto para as reuniões de
avaliação do Instrumento de Prevenção e Combate ao Assédio
Moral. Os bancários reivindicaram que essas reuniões sejam mais
longas, das 9h às 17h, para que haja mais tempo para os
debates
Segundo Walcir Previtale, secretário de Saúde da
Contraf-CUT, com relação à clausula 57 da CCT, foi cobrada a
implementação imediata das mesas de negociação, estabelecendo uma
dinâmica para os debates. A Fenaban informou que o Banco do Brasil,
Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú, Santander e HSBC já
assinaram o acordo aditivo referente à cláusula e que a partir de
agora a Contraf-CUT deverá procurar cada banco para tratar sobre o
início dos trabalhos.
“É o que vamos fazer para
implementar em cada banco a mesa de debates e negociações sobre a
cláusula 57 da CCT, que foi conquista da campanha nacional 2015,
após 21 dias de greve em todo o país. E para cumprir os objetivos
previstos, necessariamente, temos que discutir as metas abusivas e a
gestão adoecedora dos bancos e, de fato, estabelecer um ambiente de
trabalho saudável, livre de acidentes e doenças, garantindo a
participação dos trabalhadores quando o assunto tratar de sua
própria saúde”, explica Walcir Previtale.
O objetivo é
que, até maio, todas as propostas sobre Saúde estejam concluídas
para serem debatidas pelo Comando Nacional dos Bancários e a
Fenaban. “A reunião foi importante para planejar nossas ações e
garantir que haja tempo para os debates avançarem. Temos muitas
reivindicações urgentes para implementação de políticas que
intervenham nos ambientes e melhorem as relações e condições de
trabalho”, destaca o secretário da Contraf-CUT.