Sob vaias, presidente da Câmara ouve: fora doação empresarial nas eleições!

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), foi alvo de um “escracho” na manhã desta sexta-feira (27) em São Paulo. Com outros parlamentares e deputados estaduais, ele veio à capital paulista para participar do Câmara Itinerante, projeto que visa levar pautas do Congresso para serem discutidas com a população em audiência pública.

O princípio da audiência pública, como sugere o nome, costuma a contar com a participação popular. O presidente da Assembleia Legislativa, Fernando Capez (PSDB), no entanto, decidiu suspender a sessão por 10 minutos e esvaziar as galerias do plenário Juscelino Kubitschek, expulsando manifestantes que vaiavam Eduardo Cunha.

Quando Cunha foi abrir sua fala, mal disse “bom dia” e os gritos de “Fora, Cunha”, “Homofóbico” e “Fascista” se impuseram sobre sua voz.

“O povo quer falar, constituinte já”, gritavam as dezenas de pessoas presentes, carregando faixas que protestavam contra a homofobia e a intolerância e pediam por financiamento público de campanha.

Irônico, o presidente da Câmara dos Deputados respondeu: “Cumprimento os intolerantes. Os intolerantes merecem sempre nosso cumprimento. Aqueles que são mal educados mostram que não estão à altura da Casa onde estão”.

Mostrando toda a sua indignação, o público presente seguiu realizando o protesto em cima da fala de Cunha até que o presidente da Casa, Fernando Capez (PSDB), resolveu intervir.

“Isso é uma audiência pública. Vou ler aqui o regimento interno”, afirmou, decidindo antecipar sua decisão antes mesmo de terminar a leitura.

“Determino que sejam evacuadas as galerias. Todas! A sessão está suspensa por dez minutos”. Os seguranças, então, retiraram os manifestantes à força do local e a sessão seguiu a portas fechadas.

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