O Sindicato protestou
contra a insegurança nas agências bancárias do Recife na manhã
desta quinta-feira (15). O ato ocorreu em frente à agência do Banco
do Brasil da Avenida Norte, no bairro da Encruzilhada, que, na semana
passada, sofreu a quarta investida criminosa em dois anos.
A
presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello, explica que o protesto foi
contra a insegurança em várias agências da cidade. “Nossa
intenção foi chamar a atenção para um problema que a Prefeitura
pode resolver ou, ao menos, minimizar”, afirma.
Jaqueline
conta que o projeto-piloto de segurança bancária, que foi uma
conquista da campanha salarial de 2013, inibiu a ação dos bandidos
em Recife, Olinda e Jaboatão, mas que, ainda assim, houve treze
assaltos a banco, em Pernambuco em 2014.
“Em metade dos
assaltos ocorridos no estado, em 2014, os bandidos utilizaram o mesmo
procedimento: quebraram a vidraça com uma marreta. Isso revela a
necessidade dos vidros blindados, que é uma das nossas
reivindicações antigas e que os bancos se recusam a atender. Neste
ponto, a Prefeitura do Recife tem condições de intervir e cobrar do
banco a implantação de vidros blindados, como manda a Lei Municipal
17.647/2010”, diz Jaqueline.
BB – O diretor do Sindicato
João Rufino conta que a agência do BB da Avenida Norte é um
exemplo da falta de segurança. “Já virou um ícone, mas o banco
não corrige o problema e a Prefeitura não faz nada”, diz Rufino,
que representa o Nordeste no Coletivo Nacional de Segurança Bancária
da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo
Financeiro).
Segundo ele, a agência do BB na avenida Norte
está fechada desde o dia 5 de janeiro, quando seis homens armados
tentaram assaltar a unidade de forma violenta (leia
mais). “O Sindicato se reuniu com o BB no dia 8 de
janeiro, e conseguimos negociar medidas para melhorar a segurança da
unidade. Doze funcionários dessa agência estão de licença médica,
por alterações psicológicas. A agência permanecerá fechada por
tempo indeterminado”, diz Rufino.
João Paulo de Carvalho,
funcionário dessa agência do BB, espera que essa última investida
criminosa, que foi tão violenta, sirva para que o problema de
insegurança seja, de fato, resolvido. “Esse foi o terceiro assalto
que vivi aqui. Junto com o Sindicato, que tem nos apoiado muito nessa
luta, espero que consigamos garantir nosso direito de ter um ambiente
de trabalho seguro”, afirmou.
Itaú – Outra
cobrança que o Sindicato fez à Prefeitura, no protesto desta
quinta, foi sobre a insegurança na agência do Itaú da avenida
Domingos Ferreira, em Boa Viagem. No final do ano passado, a unidade
foi transformada em agência de negócios e, desde então, funciona
sem equipamentos de segurança. Até mesmo a porta com detector de
metais e o serviço de vigilantes foram retirados pelo banco.
A
secretária de Finanças do Sindicato, Suzineide Rodrigues, ressalta
que a Prefeitura não tem cumprido seu papel de garantir os itens de
segurança legais, nas agências do Recife. “Protestamos, na época,
e entramos em contato com a Prefeitura, mas de nada adiantou: a
insegurança permanece. O Itaú descumpriu a determinação da
Prefeitura de recolocar as portas de segurança e o poder municipal
não fez nada. Exigimos que ela tome as medidas cabíveis para
obrigá-lo a cumprir a lei de segurança bancária”, afirma (leia
mais aqui, aqui e aqui).