O
Sindicato participou do Congresso Pernambucano do Trabalho Seguro,
realizado de 25 a 27 de novembro, no Recife. Participaram do evento
profissionais de diversas áreas que discutiram, entre outros temas,
as causas de acidentes de trabalho e do adoecimento dos
trabalhadores.
O diretor do Sindicato João Marcelo Lopes fez
uma apresentação sobre as condições de saúde dos bancários. “No
Brasil, segundo dados do INSS [Instituto Nacional do Seguro Social],
em 2013, foram afastados do trabalho, por problemas de saúde, 18.671
bancários. E os transtornos psíquicos já ultrapassam os casos de
LER/DORT”, afirma João Marcelo.
Outro tema abordado pelo
diretor, na apresentação, foi o risco de perdas de direitos
trabalhistas, caso o projeto de lei 4330, que legaliza a
terceirização das atividades-fim das empresas, seja aprovado. “O
PL 4330 ainda não foi aprovado devido à mobilização dos
trabalhadores, mas precisamos fortalecer, cada vez mais, essa luta,
para não dar espaço à ofensiva patronal, que quer reduzir nossos
direitos”, ressalta João Marcelo
A terceirização também
foi tema de debate entre uma juíza do Tribunal Regional do Trabalho,
um representante do sindicato patronal da construção civil e um
representante da Contraf-CUT, Miguel Pereira. A discussão girou em
torno do recurso da empresa Cenibra sobre a terceirização da
atividade-fim, que será julgado no Supremo Tribunal Federal, com
repercussão geral.
João Marcelo relembra que o Procurador
Geral da República, Rodrigo Janot, em parecer sobre o caso,
considerou a terceirização de atividade-fim em empresas fraude à
legislação trabalhista.
O Congresso Pernambucano do Trabalho
Seguro
foi
promovido pelo Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região, pelo
Ministério Público do Trabalho e pela Fundacentro.