Sindicato e HSBC negociam acordo coletivo dos funcionários

O HSBC apresentou aos
sindicatos nesta quarta-feira (29) uma proposta para a construção
de um acordo coletivo dos funcionários, com direitos aditivos à
Convenção Coletiva de Trabalho dos Bancários. Os dirigentes
sindicais ficaram de analisar a proposta.

O diretor do
Sindicato Alan Patrício ressalta que a construção do acordo
coletivo é uma antiga reivindicação dos bancários do HSBC. “Temos
lutado há anos para firmar um acordo aditivo à Convenção
Coletiva, nos moldes das que já existem nos bancos públicos e no
Santander. Precisamos assegurar, por escrito, todos os direitos e
conquistas dos funcionários do HSBC, que hoje só constam nos
normativos internos do banco. Ou seja, o HSBC pode descumprir ou
mudar um direito de forma unilateral, já que não há acordo formal
com os sindicatos”, explica Alan, que também é secretário de
Assuntos Jurídicos da Contraf-CUT.

Durante as negociações
desta quarta, a Contraf-CUT se comprometeu a finalizar a análise da
minuta de aditivo dentro de quinze dias, formulando sugestões e
inclusões a serem debatidas na próxima reunião, que deve acontecer
em novembro. “Há alguns pontos que já entramos em divergência.
Por exemplo, o banco quer incluir no acordo questões sobre o sistema
de controle do ponto eletrônico e a instalação de Comissão de
Conciliação Voluntária. Os sindicatos defendem que esses temas
precisam ser debatidos separadamente”, conta Alan.

Losango
Durante a negociação, o HSBC trouxe novas informações a
respeito da proposta de transformar em bancários 1.064 trabalhadores
da financeira Losango. O banco pretende implantar as mudanças a
partir de dezembro, mas ainda precisa encaminhar a formalização da
proposta para o Ministério Público do Trabalho (MPT) e às
entidades sindicais, visando a discussão e a deliberação em
assembleias dos empregados.

A proposta global do banco prevê
a aplicação total dos diretos da Convenção Coletiva dos Bancários
para os trabalhadores da Losango e a contratação especial para
trabalho aos finais de semana, com devido pagamento das horas extras.
Atualmente, esses funcionários executam as tarefas de bancários,
mas recebem como comerciários.

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