Bancários guardam na memória histórias de greves passadas

A
história das mobilizações da categoria bancária de Pernambuco se
mistura com as lembranças dos bancários que sempre participaram das
lutas pela garantia e ampliação dos direitos dos trabalhadores.

A
delegada sindical, Caroline das Mercês, trabalha, há nove anos, na
Caixa. Ela conta que entrou em uma agência (Caxangá) que tinha uma
tradição forte de mobilizações. Os bancários fechavam o acesso à
agência com cadeado. O gerente mandava quebrá-lo, e os bancários
fechavam novamente.

Durante a greve, era comum os gerentes
atenderem apenas os clientes de maior poder
aquisitivo, que eles chamavam de “empresariais”.

Caroline conta
que, um dia, os bancários decidiram mudar de tática: “Abrimos o
acesso à agência, e os clientes de menor poder aquisitivo chegaram.
Nós os orientamos a dizer aos vigilantes que eles eram clientes
empresariais. Assim, eles conseguiram entrar, e os gerentes foram
obrigados a atendê-los, também”.

João Batista Gomes da Silva, que é
delegado sindical da agência do Banco do Brasil do Cabo de Santo Agostinho, ressalta
que, neste ano, os bancários conseguiram fechar todas as agência da
cidade, inclusive as dos bancos privados.

Em 2006, João foi o único
bancário da agência a cruzar os braços, no primeiro dia de greve.

“Passei de mesa em mesa, convidando os colegas. Como
ninguém quis ir comigo, saí da agência sozinho da agência”,
conta.

“Hoje sou comissionado, e sempre fiz greve”, completa o
bancário.

>> Leia a cobertura completa da Campanha Nacional 2014

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