Os bancos fecharam 3.746 empregos no primeiro semestre de 2014. A extinção de postos de trabalho nos bancos contrasta com os números da economia brasileira, que gerou 588.671 novos empregos formais nos primeiros seis meses do ano.
Enquanto os bancos privados e o Banco do Brasil eliminaram postos de trabalho, a Caixa Econômica Federal abriu 1.649 novas vagas no mesmo período, o que impediu um desempenho ainda pior para o setor financeiro, que tem sido o mais lucrativo do país.
Os dados são da Pesquisa de Emprego Bancário (PEB) divulgada nesta sexta-feira (18) pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), que faz o estudo em parceria com o Dieese, com base nos números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
> Clique aqui para acessar as tabelas e gráficos da pesquisa. De acordo com o levantamento, além do corte de vagas, a rotatividade seguiu elevada no período. Os bancos brasileiros contrataram 16.713 funcionários e desligaram 20.459. No total, 20 estados apresentaram saldos negativos de emprego no primeiro semestre. As maiores reduções ocorreram em São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais, com 1.612, 608, 436 e 395 cortes, respectivamente. O estado com maior saldo positivo foi o Pará, com geração de 142 novas vagas. “Apesar dos lucros fabulosos, os bancos brasileiros, principalmente os privados, continuam fechando postos de trabalho em 2014, a exemplo dos últimos meses de 2013, o que é injustificável. Somente no ano passado os seis maiores bancos (BB, Itaú, Bradesco, Caixa, Santander e HSBC) lucraram R$ 56,7 bilhões”, destaca Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) Para ele, “os bancos que não estão cortando postos de trabalho prejudicam os bancários, pioram o atendimento dos clientes e da população e não contribuem para o crescimento econômico e social do país com emprego e distribuição de renda”.
