Clima de Copa e São João marca protesto em agências do Santander

Em
clima de São João e de Copa do Mundo, o Sindicato realizou
protestos nesta quarta-feira, dia
11, em cinco agências do Santander: Prazeres, Piedade, Conselheiro
Aguiar, Domingos Ferreira e Veneza (Conde da Boa Vista). Vestidos com
as cores da seleção e acompanhados por um trio de forró pé de
serra, diretores do Sindicato conquistaram o apoio dos clientes ao
entoarem uma paródia da música-tema da Rede Globo para a Copa 2014:
“Assim
não dá; não pode acontecer; o Santander não respeita você; Só
demissões; em um ano quase cinco mil; e
contratações ninguém viu”.

Na agência Conselheiro
Aguiar, os clientes se juntaram ao coro para cantar a música, que
terminava com o pedido: “Respeite o povo do Brasil!” Reginaldo
Tavares, cliente da agência Prazeres há quarenta anos, confessa que
às
vezes tem até vontade de mudar de banco: “Já cheguei a passar
mais de três horas para ser atendido”, diz.

No
entanto, em vez de contratar bancários para melhorar o atendimento,
o banco está demitindo. Só
nos primeiros três meses do ano, o Santander fechou 970 postos de
trabalho. O presidente do banco, contudo, descartou o pedido de
reunião feito pelos representantes dos trabalhadores para discutir
as demissões, alegando “não ter agenda”.

Em
Pernambuco, o banco fechou várias agências no interior e Região
Metropolitana, a exemplo de Moreno, São Lourenço da Mata, Águas
Belas, Catende, São José do Egito, Floresta, Nazaré da Mata e Rio
Formoso. Também está fundindo diversas unidades. Nos cinco
primeiros meses do ano, o Sindicato registrara quase 50 demissões no
Santander.

Washington Luís era cliente da agência de São
Lourenço da Mata, fechada no final de maio. “Agora é muito mais
complicado. Minha agência ficava perto do trabalho, era mais fácil
pra resolver as coisas”, afirma o usuário, que estava utilizando
os serviços da agência de Prazeres.

Os diretores do
Sindicato lembraram que, além de prejudicar os clientes, as
demissões e fechamento de unidades pioram ainda mais as condições
de trabalho, sujeitando os bancários a jornadas extenuantes, pressão
e adoecimento.

Para Tereza
Souza, dirigente da Fetrafi-NE (Federação dos Trabalhadores do Ramo
Financeiro no Nordeste), a atividade abriu um canal de diálogo
importante com a população e os bancários. “Cumprimos nosso
objetivo de denunciar as práticas de gestão do Santander que, com
demissões e fechamento de agências, vai de encontro ao
desenvolvimento no estado e no país”, afirma Tereza.

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