Reforma
Política e Democratização da Comunicação são o mote das
manifestações do 1º de Maio este ano. Com o eixo “Fortalecer
a Democracia e Ampliar Conquistas”, a CUT (Central Única dos
Trabalhadores) realiza atividades e protestos em todo o país. No
Recife, um ato público tem início às 9 horas, com concentração
no Monumento Tortura Nunca Mais. De lá, o grupo segue até a Praça
do Carmo.
A atividade encerra uma programação, de debates e
reflexões, que se estendeu
durante toda a semana. A primeira palestra, dia 28 na Faculdade de
Direito do Recife, teve como tema a Reforma do Sistema Político:
Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva. A
Reforma
Política voltou à tona no
dia 29, desta
vez aliada às discussões sobre
reforma agrária, neodesenvolvimentismo
e projeto democrático popular. Na quarta, 30, o debate foi sobre
direitos urbanos e direito do trabalho: a classe trabalhadora e o
direito à cidade.
As
atividades deste ano tem outro diferencial: marcam os 50 anos do
Golpe Militar.
“A luta pela democracia ganha, portanto, um
espaço fundamental. Para isso, a memória, a verdade e a justiça
precisam ser garantidas, com punição dos crimes cometidos pela
ditadura”, afirma o diretor do Sindicato, Expedito Solaney,
secretário de Políticas Sociais da CUT e coordenador da Comissão
Nacional Memória, Verdade e Justiça da Central.
Para ele, a
garantia da democracia contrasta com o sistema político existente no
país e com a concentração dos meios de comunicação nas mãos de
apenas seis famílias. “O financiamento de campanhas por empresas
impede que sociedade seja de fato representada e atrela parlamentares
eleitos aos interesses do poder econômico”, diz o dirigente.
Por
conta disso, os movimentos sociais e a CUT lançaram, este ano e
Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva e Soberana do
Sistema Político, que acontece na Semana da Pátria, de 1 a 7 de
setembro deste ano.
Além destas demandas centrais, os
trabalhadores mantém a pauta de reivindicações, que inclui:
*
Redução da jornada de trabalho para 40 horas, sem redução do
salário;
* Fim do fator previdenciário e valorização das
aposentadorias;
* Defesa da política de valorização do salário
mínimo;
* Reforma agrária e política agrícola;
* 10% do
PIB para a Educação Pública e Aplicação da lei do Piso salarial
Nacional do Magistério;
* Fim do Assédio Moral;
* 10% do
Orçamento da União para a Saúde;
* Combate ao projeto de Lei
4330 – Terceirização;
* Igualdade de oportunidades entre
mulheres e homens;
* Valorização dos Serviços Públicos