O
Sindicato voltou a se reunir nesta terça, dia
25, com a Vigilância
Sanitária de Olinda. O primeiro encontro, realizado no último dia
11, tinha como pauta a insalubridade na agência do Banco do Brasil
de Olinda. Mas as discussões deitaram novas sementes e, agora, o
foco é um trabalho, a ser realizado em parceria, que prevê o
levantamento dos casos de adoecimento de bancários e das condições
de trabalho em todas as agências da
cidade.
A reunião
desta terça contou com a participação da médica do trabalho do
município. O Sindicato, representado pelos diretores Gilvan Santana
e João Marcelo Lopes, entregou alguns estudos sobre saúde e
condições de trabalho da
categoria.
É o caso do estudo, realizado pela Universidade
de Brasília em 2006 e que trata dos “Casos de Afastamentos por
Ler/Dort e retorno ao trabalho bancário: uma análise
psicodinâmica”; da pesquisa da PUC-RS sobre “Trabalho Bancário
e Saúde Mental no paradigma da excelência”, também de 2006; e do
estudo da Universidade do Rio Grande do Sul sobre “Fatores de Risco
à Saúde de Funcionários de Agências Bancárias e seus reflexos no
desempenho profissional”.
A Vigilância Sanitária, por sua
vez, entregou ao Sindicato dados sobre a legislação nacional,
estadual e municipal que trata da saúde do trabalhador e da
eliminação de riscos ao adoecimento. Uma nova reunião para tratar
do projeto foi marcada para dia 18 de
março e a intenção é
envolver outros
atores, como ergonomistas, epidemiologistas e enfermeiros do
trabalho.
Agência
do BB –
No que diz respeito à
agência do BB em Bairro Novo, o banco pediu prorrogação de prazo
para entrega dos documentos solicitados. A Vigilância Sanitária
dera dez dias para que fossem entregues o
Programa de Prevenção a Riscos Ambientais (PPRA), o Plano de
Controle Médico e Saúde Ocupacional, a lista de afastamentos dos
funcionários e de CATs (Comunicação de Acidentes de Trabalho)
emitidas nos últimos dois anos, além dos relatórios de reuniões
da Cipa (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) nos últimos
seis meses (leia
mais aqui).
O banco alegou dificuldade em reunir todas as informações
solicitadas, que estariam distribuídas em diferentes setores. A
Vigilância Sanitária concordou em estender o prazo para sessenta
dias. “Isso não desobriga o banco de resolver os problemas
ergonômicos e estruturais da agência. Também não quer dizer que
novas visitas e autuações sejam feitas. O Sindicato vai continuar
acompanhando
a situação da unidade cotidianamente”,
informa João Marcelo.
Ele denuncia também que os
funcionários vêm
sendo coagidos pelos gestores da agência para que não procurem a
médica do trabalho do município. “Ela já declarou que fará o
acompanhamento minucioso daqueles que têm
algum indício de doença ocupacional, física ou psíquica. Mas cabe
a cada um a decisão de buscar atendimento. Se fosse um cardiologista
ou clínico geral, que só atende em determinado horário, as pessoas
deixariam de ir à consulta?”, questiona João Marcelo. A médica
atende apenas na terça-feira, de 12h
às 14h, no Centro de Saúde Barros Campelo.