O Sindicato se reuniu
nesta terça, dia 11, com a Gerência da Vigilância Sanitária de
Olinda. Em pauta: a situação da agência do Banco do Brasil em
Bairro Novo (leia aqui). Em visita à unidade, na última
sexta-feira, dia 7, os técnicos da Vigilância constataram a falta
de condições de trabalho e deram prazo de dez dias para o banco
apresentar uma série de documentos.
A boa notícia é que a
gerência da Vigilância Sanitária mostrou interesse em firmar uma
parceria com o Sindicato para realização de um estudo sobre a
situação das dezessete agências e sete postos de atendimento dos
diversos bancos do município.
Os bancários do BB de Olinda
que apresentavam sintomas de doença ocupacional foram encaminhados
para o médico do trabalho da Prefeitura. Nessa segunda-feira, dia
10, a agência encerrara o atendimento antes do horário por falta de
condições de funcionamento. “Havia mais de 300 pessoas no lugar e
o ar-condicionado não funcionava, sem falar nos problemas de
mobiliário”, conta o diretor do Sindicato João Marcelo
Lopes.
Nesta terça, a unidade atendeu normalmente. “No
entanto, apesar do ar-condicionado estar funcionando, passava das
16h30 quando visitei a agência e havia ainda mais de 45 clientes
para serem atendidos. Fui informado de que os trabalhadores estão
sendo pressionados a fazer três horas extras por dia e ter pausa de
apenas quinze minutos no almoço para dar conta da demanda das
empresas. Isso é inadmissível e ilegal”, ressalta João
Marcelo.
>> Ouça reportagem na Rádio dos Bancários
Caos – A denúncia à Vigilância Sanitária
foi feita pelo Sindicato ao constatar a situação caótica da
agência: cadeiras sem encosto e até sem rodas; fiação exposta;
uma escada que apresenta riscos graves para os trabalhadores; sistema
de refrigeração quebrado. Tudo isso sem falar na sobrecarga de
trabalho, com filas imensas e carência de pessoal para dar conta da
demanda.
Constatadas as irregularidades, a Vigilância
Sanitária deu dez dias para que o banco apresentasse uma série de
documentos, entre os quais o Programa de Prevenção a Riscos
Ambientais (PPRA) e o Plano de Controle Médico e Saúde Ocupacional.
Também foi solicitada a lista de afastamentos dos funcionários e de
CATs (Comunicação de Acidentes de Trabalho) emitidas pelo banco nos
últimos dois anos, além dos relatórios de reuniões da Cipa
(Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) nos últimos seis
meses.
Findo esse prazo, a Vigilância Sanitária vai
acompanhar a resolução dos problemas e, caso contrário, a unidade
pode até ser interditada. Nova reunião com o Sindicato foi marcada
para o dia 25.