Protesto em frente ao BB questiona postura dos bancos públicos nas negociações

Um protesto em frente
ao edifício Capiba do Banco do Brasil, na Avenida Rio Branco, marcou
o décimo nono dia de greve dos bancários nesta segunda, dia 7. No
local, funciona a Superintendência do banco, assim como as
principais gerências das áreas meio.

“O governo federal,
controlador dos bancos públicos, precisa ter uma postura mais ativa
nas negociações e intermediar um desfecho que valorize os
funcionários e garanta o cumprimento da função social dos bancos
públicos”, cobra o secretário-geral do Sindicato, Fabiano
Félix.

Jaqueline Mello, presidenta da entidade, ressalta que,
assim como nas instituições privadas, as condições de trabalho
para os empregados dos bancos públicos são as piores possíveis e a
necessidade de contratações é premente. “Além disso, é preciso
que o governo federal regulamente o sistema financeiro no país,
garantindo aos bancos públicos seu papel na sociedade e pondo
limites à atuação dos bancos”, diz.

Em frente ao prédio,
se reuniram grevistas de vários bancos, sobretudo Caixa e Banco do
Brasil. À entrada, um cartaz identificava o “portão do inferno”,
de onde algumas labaredas surgiam. Outro cartaz, afixado ao lado,
dizia: “Abandonai vós, que aqui entrais, a esperança e a
dignidade”.

No entanto, os que se juntavam do lado de fora,
não abandonavam nenhum destes atributos e mostravam disposição
para fortalecer a luta. “É uma falta de respeito. Depois de tanto
tempo de silêncio, os banqueiros apresentarem uma proposta dessas…
isso só nos dá mais força pra permanecer na luta”, afirmou Pedro
Barreto, funcionário do Banco do Brasil.

Também empregada do
BB, Maísa Paula mostrava disposição, “apesar do cansaço”. Da
Caixa Econômica Federal, Marconi Rabelo classificava como “uma
esmola” a nova proposta oferecida pelos banqueiros. “É o
segmento que mais lucra neste país e fica com esse joguinho,
oferecendo algumas migalhas além da inflação”, criticou.

Na
última sexta-feira, 4, depois de um mês de silêncio absoluto, os
banqueiros retomaram a negociação. Apresentaram, no entanto, apenas
1% a mais que a proposta anterior e nada a respeito dos itens
sociais: mais contratações, fim das metas abusivas, combate ao
assédio moral, políticas de saúde para o trabalhador (leia aqui).  

>> Veja a galeria de fotos do protesto

>> Confira o poema do diretor do Sindicato, João Rufino

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