Um destaque importante
na greve dos bancários deste ano em Pernambuco é o nível da adesão
dos empregados da Caixa Econômica Federal, especialmente daqueles
que trabalham nas baterias de caixas. Segundo Anabele Silva,
secretária de Comunicação do Sindicato e bancária do banco, “na
maioria das agências fechadas, 80% dos caixas estão em greve, e há
algumas agências onde o percentual é de 100%”.
A
comparação com a greve do ano anterior torna a evolução nítida,
de acordo com a diretora: “No ano passado, tivemos problemas sérios
de adesão dos caixas. Fizemos um trabalho de diálogo com esses
colegas, que é um pessoal muito penalizado, sobretudo, com a
sobrecarga de trabalho crescente no banco”, explica.
Para
Anabele, o nível de insatisfação, por si, contribuiu para o
crescimento da greve, mas é preciso mais. “Por isso, a gente chama
aqueles que ainda estão trabalhando a se juntar a nós, para
fortalecer ainda mais a greve e buscar a solução para os nossos
problemas”, afirma a diretora.
Anabele destaca que a unidade
e solidariedade dos bancários na greve fortalecem o movimento.
“Muitos funcionários que estão parados têm procurado dialogar
com os colegas para convencê-los a engrossar o movimento. Este
comprometimento é fundamental para que a greve seja forte”,
diz.
Gerentes em greve – Outro segmento que começa a se movimentar é a gerência média do Banco do Brasil. Na Agência Praia de Boa Viagem do BB, por
exemplo, os próprios funcionários chamaram os colegas, na palavra, para a mobilização.
“Nos dois primeiros dias de greve, a gente estava
trabalhando internamente. Nessa segunda-feira, só uma parte dos
funcionários aderiu. Então, nos reunimos e decidimos: ou
trabalhamos ou paramos todos”, conta o bancário Fábio Andrade, da gerência média (ouça entrevista na Rádio
dos Bancários).