Depois
de quatro adiamentos sucessivos de votação na Comissão de
Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC), em razão da mobilização
dos trabalhadores, o PL 4330 do deputado federal Sandro Mabel
(PMDB-GO), que permite a terceirização de todas as áreas das
empresas, terá uma Comissão Geral (audiência pública) no plenário
da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira 18, às 10h, em
Brasília.
O Sindicato dos Bancários de Pernambuco vai
participar da reunião. Uma comitiva de dirigentes da entidade viajou
nesta terça-feira, dia 17, para Brasília. Antes mesmo de embarcar,
ainda no Aeroporto do Recife, os diretores do Sindicato encontraram o
deputado federal Carlos Eduardo Cadoca e pressionara
o parlamentar para rejeitar a proposta.
Nesta quarta-feira,
antes, durante e depois da audiência, o Sindicato vai percorrer o
Congresso Nacional para pressionar os deputados e convencê-los da
nocividade do PL para os trabalhadores. “E os bancários também
podem ajudar nesta batalha, enviando e-mail para os deputados e
cobrando a rejeição do PL 4330”, destaca a presidenta do
Sindicato, Jaqueline Mello, que está em Brasília junto com outros
quatro dirigentes do Sindicato: João Marcelo Lopes, Sandra Trajano,
Eleonora Costa e Fábio Sales.
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Veja como
mandar e-mail para os deputados
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Acesse a lista completa de e-mails dos deputados da CCJC
Na
audiência pública, representantes dos trabalhadores, das empresas e
de entidades do Direito, como o Ministério Público e a Anamatra
(Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho), vão expor aos
parlamentares e defender seus pontos de vista sobre o projeto de
lei.
“Como após a audiência pública, o presidente da
Câmara, deputado Henrique Alves (PMDB-RN), vai decidir os rumos da
tramitação do PL 4330, precisamos fazer pressão dentro e fora do
Congresso Nacional para mostrar que esse projeto tem que ser
arquivado porque não representa os interesses dos trabalhadores e do
país”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da
Contraf-CUT.
“Temos que impedir a aprovação do
requerimento de urgência das lideranças partidárias, pois esse
projeto é prejudicial para os empregos e os direitos dos
trabalhadores”, reforça Miguel Pereira, secretário de
Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT.