Uma
assembleia nesta quarta, dia 18, organiza os bancários para a greve
que começa no dia seguinte. “A assembleia é o momento de definir
detalhes e discutir estratégias para fortalecer o movimento”,
explica a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello. O encontro será
as 19h, na sede da entidade (Avenida
Manoel Borba, 564, Boa Vista).
A
partir desta quinta, 19, os bancários param por tempo indeterminado
em todo o país. Em Pernambuco, a decisão foi tomada no último dia
11, em assembleia com mais de 300 trabalhadores.
A
greve foi orientada pelo Comando Nacional dos Bancários, do qual o
Sindicato de Pernambuco faz parte, após a quarta rodada de
negociações com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos). Depois
de um mês de intensos debates, os bancos apresentaram uma proposta
que não contempla nenhuma reivindicação dos bancários.
A
proposta não garante aumento real de salário, valorização do
piso, melhora da PLR (Participação nos Lucros e Resultados). Não
fala nada sobre a proteção aoemprego,
nada de avanços para a saúde dos trabalhadores e nem para melhorar
as condições de trabalho. Nada que aponte para o fim das metas
abusivas e do assédio moral.
“E o pior é que a Fenaban
disse que esta é a proposta final. Diante disso, só nos resta
mostrar para os bancos que esta não é a proposta final e que
queremos mais. É por isso que vamos parar”, afirma
Jaqueline.
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A
PROPOSTA DA FENABAN
Reajuste
6,1%
(previsão da inflação pelo INPC) sobre salários, pisos e todas as
verbas salariais (auxílio-refeição, cesta-alimentação,
auxílio-creche/babá etc)
PLR
90%
do salário mais valor fixo de R$ 1.633,94, limitado a R$ 8.927,61 (o
que significa reajuste de 6,1% sobre os valores da PLR do ano
passado)
Parcela
adicional da PLR
2%
do lucro líquido dividido linearmente a todos os bancários,
limitado a R$ 3.267,88
Adiantamento
emergencial
Não
devolução do adiantamento emergencial de salário para os afastados
que recebem alta do INSS e são considerados inaptos pelo medico do
trabalho em caso de recurso administrativo não aceito pelo
INSS
Prevenção
de conflitos no ambiente de trabalho
Redução
do prazo de 60 para 45 dias para resposta dos bancos às denúncias
encaminhadas pelos sindicatos, além de reunião específica com a
Fenaban para discutir aprimoramento do programa de
programa
Adoecimento
de bancários
Constituição
de grupo de trabalho, com nível político e técnico, para analisar
as causas dos afastamentos
Inovações
tecnológicas
Realização,
em data a ser definida, de um Seminário sobre Tendências da
Tecnologia no Cenário Bancário Mundial
AS
REIVINDICAÇÕES DOS BANCÁRIOS
Reajuste
salarial
11,93%
(5% de aumento real mais inflação projetada de 6,6%)
PLR
Três
salários mais R$ 5.553,15
Piso
R$
2.860,21 (salário mínimo do Dieese)
Auxílios-alimentação,
refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá
R$
678 ao mês para cada (salário mínimo nacional)
Melhores
condições de trabalho
Fim
das metas abusivas e do assédio moral que adoece os
bancários
Emprego
Fim
das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária,
combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza
as condições de trabalho, além da aprovação da Convenção 158
da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas
Carreira
Plano
de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários em
todos os bancos
Auxílio-educação
Pagamento
para graduação e pós-graduação
Prevenção
contra assaltos e sequestros
Fim
da guarda das chaves de cofres e agências por bancários
Igualdade
de oportunidades
Contratação
de pelo menos 20% de negros e negras