A segunda rodada de
negociação específica entre os representantes dos funcionários e da direção do
Banco do Brasil, realizada na sexta 23, seguiu a mesma toada do primeiro
encontro: de um lado os dirigentes sindicais reforçando as reivindicações dos
trabalhadores e, de outro, os negociadores do banco protelando respostas.
O secretário-geral do Sindicato, Fabiano Félix,
diz que os bancários esperam mais seriedade do banco na próxima rodada de
negociações, marcada para esta quinta-feira, dia 29. “Vamos discutir as
questões econômicas e sobre o plano de funções e carreira. Já passou da
hora do BB começar a responder nossas reivindicações”, diz Fabiano.
Na
reunião dessa sexta, os dirigentes sindicais reivindicaram que, além das três
avaliações negativas consecutivas para que houvesse o descomissionamento,
fossem criados outros mecanismos de proteção aos funcionários. A essa questão o
banco informou existirem poucos trabalhadores que perdem a função na empresa.
Igualdade
de oportunidades – Os dirigentes
sindicais reivindicaram que o TAO (Talentos e Oportunidades) seja aprimorado e
aplicado em todas as dependências do banco, pois há denúncias de que em muitos
setores prevalecem apenas indicações de chefias das pessoas a serem
comissionadas. Para essa denúncia os negociadores do banco disseram que o TAO é
respeitado.
PSO – Os trabalhadores reivindicaram a ampliação do
número de caixas executivos na PSO (Plataforma de Suporte Operacional). De
acordo com apuração feita pelo Sindicato, há gerentes em desvio de função para
dar conta da demanda das agências, além disso tem aumentado o volume de
processos administrativos contra os caixas, os quais, sobrecarregados acabam
cometendo erros. A direção do banco sinalizou com a possibilidade de criar uma
comissão específica para discutir a PSO.
Reestruturação – Os bancários também reclamaram que as constantes reestruturações
prejudicam os funcionários. O banco se comprometeu em comunicar ao movimento
sindical antes que haja qualquer reestruturação. O Sindicato cobra que além de
ser informado quer também debater as mudanças para evitar impactos negativos
aos funcionários.
Cassi – Os dirigentes reivindicaram que o banco arque com
os custos de tratamento e medicamentos dos funcionários que se afastam por
doença ocupacional. Atualmente é a Cassi que fica com esses custos. Os negociadores
afirmaram que irão levar a questão para outras instâncias do banco.