Banco do Brasil frustra os funcionários na primeira rodada de negociação da Campanha

Embora a direção do
Banco do Brasil esteja com a pauta de reivindicações do
funcionalismo desde 30 de julho, os representantes da instituição
financeira não se posicionaram em relação às propostas dos
trabalhadores na primeira rodada de negociação específica da
Campanha Nacional 2013. A reunião ocorreu nesta quarta, dia 14, em
Brasília.

Para o secretário-geral do Sindicato, Fabiano
Félix, as negociações com o Banco do Brasil começaram mal.
“Parece que o BB está seguindo o mesmo roteiro da Fenaban. Tanto
nas negociações gerais com todos os bancos como na específica com
o BB os bancários saíram frustrados do primeiro encontro. Esperamos
que nas próximas rodadas de negociação haja avanços. O BB tem
totais condições para atender as nossas reivindicações, já que
encerrou o primeiro semestre deste ano com um lucro fenomenal
superior a R$ 10 bilhões, o maior da história dos bancos no país”,
diz Fabiano.

Metas e emprego – Os negociadores do banco
se limitaram a dizer que podem até discutir a forma de cobrança das
metas, mas não concordam que elas gerem adoecimento, como
denunciaram os sindicato. Segundo os representantes dos funcionários,
muitos bancários do BB estão tomando remédios tarja preta em
função da pressão, do assédio moral e da violência
organizacional para cumprir metas.

Para a reivindicação de
emprego, os representantes do BB disseram que primeiro irão fazer
remanejamento de pessoal para depois verificar se realmente têm
necessidade de mais contratações. Para os sindicatos, a resposta do
BB mostra como a atual gestão do banco está insensível às
questões do funcionalismo. A falta de bancários, principalmente nas
agências, provoca sobrecarga de trabalho e também é fator de
adoecimento, rebateram os dirigentes sindicais.

Para contornar
o problema da discriminação sofrida pelo funcionário que retorna
de licença-saúde e perde a função, o banco sinalizou que pode
discutir uma proposta com o movimento sindical.

Outros
nãos – 
Na reivindicação de Cassi e Previ para
todos os representantes da instituição financeira se limitaram a
responder que esse assunto não se resolveria neste ano, devido ao
alto custo que essa medida envolve. Além disso, que a instalação
de ambulatórios nas maiores concentrações era de responsabilidade
da Cassi. Os trabalhadores rebateram afirmando que os representantes
do banco na Cassi, e não os eleitos pelos bancários, é que
dificultam a instalação desses postos médicos e de outras medidas
para melhorar o atendimento ao usuário.

Reunião com
governo –
Antes da negociação, os representantes dos
trabalhadores reuniram-se com o assessor especial da Secretaria-Geral
da Presidência da República, José Lopez Feijóo, e relataram todos
os problemas enfrentados pelo funcionalismo com a atual gestão do
banco público.

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