Comportamento do chefe pode ser a prova do assédio praticado

Ameaçar constantemente a(o) profissional, intimidando quanto à perda do emprego, divulgar boatos sobre a moral do(a) trabalhador(a) e sugerir ao (a) funcionário(a) que peça demissão devido a problemas de saúde são alguns do casos classificados como assédio moral. Esta prática é crime. O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Gráficas de Pernambuco (Sindgraf-PE) conta que as evidencias para processar a empresa pelo assédio está no comportamento do próprio chefe com seus funcionários. A entidade de classe orienta a categoria a procurar o sindicato. A denúncia é o melhor a se fazer nestas horas.

A prática dos chefes de repetir a mesma ordem para realizar tarefas simples, centenas de vezes, até desestabilizar emocionalmente o(a) subordinado(a) também é tipificado como assédio moral. Chamar a atenção de todos para chamá-los de incompetentes também é errado. “O gráfico tem de ter em mente que o crime de assédio somente ganha corpo no ambiente de trabalho, portanto, ele é resultado de uma relação entre o agressor, a vítima e os demais colegas de trabalho que presenciam tudo”, diz Iraquitan da Silva, presidente do Sindgraf-PE.

Uma lista de ações pode ser classificada como assédio moral além das mencionadas. O trabalhador sofre quando é desmoralizado publicamente, ou quando seu turno de trabalho é trocado sem aviso prévio, ou ainda quando recebe tarefas acima ou abaixo do seu conhecimento profissional. “Também é assédio quando o chefe quer saber o que você está conversando com os colegas, ou quando ele ignora a sua presença no local de trabalho, ou quando ele ri de você em companhia de outras pessoas”, lembra Iraquitan.

O crime de assédio ocorre ainda quando a chefia divulga entre os colegas que o(a) trabalhador(a) está com problemas nervosos, ou quando sobrecarrega o(a) profissional de tarefas ou impedi a continuidade do trabalho, por negar informações a respeito. Dispensar o(a) profissional por telefone, telegrama, ou e-mail, quando estiver de férias, também é assédio moral. “O melhor a se fazer é denunciar a situação ao sindicato”, orienta o dirigente.

Sem assédio – A fim de criar um grupo contra o assédio a mulheres do setor gráfico de Pernambuco, o Sindgraf-PE lançará no dia 25 de julho, às 19h, na sede do órgão sindical, o Comitê Feminino das Gráficas Pernambucanas. A iniciativa visa reunir as profissionais, vítimas mais comuns dos assédios e discriminações no segmento, com o objetivo de combater tais práticas imoral e irregular.

Expediente:
Presidente: Fabiano Moura • Secretária de Comunicação: Sandra Trajano  Jornalista ResponsávelBeatriz Albuquerque • Redação: Beatriz Albuquerque e Brunno Porto • Produção de audiovisual: Kevin Miguel •  Designer Bruno Lombardi