O
Sindicato e a Contraf-CUT retomaram as negociações com o HSBC nesta
terça-feira, dia 2, para discutir a pauta de reivindicações dos
funcionários entregue ao banco no último dia 19. Nesta primeira
reunião, o HSBC aceitou algumas demandas, como a criação da
Comissão Paritária de Saúde, treinamento interno de funcionários
somente durante a jornada de trabalho, adiantamento de férias entre
duas e cinco parcelas, bolsa auxílio-educação, folga nas datas de
aniversário do funcionário e de tempo de casa, e planos de saúde e
odontológico com mínimo de duas operadoras.
Segundo o
diretor do Sindicato, Alan Patrício, esta é a primeira vez que o
HSBC aceita colocar essas conquistas num Acordo Coletivo de Trabalho,
que deve ser assinado no final das negociações. “A formalização
de um acordo é um significativo passo na questão da segurança
jurídica dos atuais e futuros funcionários do banco. Agora, os
direitos não ficarão mais como mera liberalidade da empresa,
podendo ser alternados ou suprimidos a qualquer momento. O
nosso próximo
desafio será agregar novas conquistas”, comenta Alan, que também
é secretário de Assuntos Jurídicos da Contraf-CUT.
Durante
as negociações, os representantes do HSBC disseram que essas
reivindicações foram recebidas positivamente pelo banco, uma vez
que não causam impacto econômico à instituição. O HSBC também
se comprometeu a debater a viabilidade dos demais itens da pauta de
reivindicações em nova rodada de negociação agendada para o
próximo dia 30, já que as outras demandas requerem estudos de
impactos econômicos.
“As negociações com
o HSBC começaram
na melhor hora possível, já que o banco está, neste momento,
elaborando sua peça orçamentária para o ano que vem”, diz
Alan.
Emprego
–
O HSBC não assegurou proteção nem garantias ao emprego, alegando
que não tem neste momento condição alguma de atender a
reivindicação.
Entretanto, a instituição acenou com a possibilidade de iniciar
alguma tratativa nos moldes do comitê de clientes para debater
questões relativas às condições de trabalho e atendimento.
Outro
problema discutido
na negociação desta terça é a
terceirização. Os
sindicatos e a Contraf identificaram o
aprofundamento no processo de terceirização no HSBC, como os
correspondentes bancários que cresceram 600% nos
últimos meses.
“Este
é um problema que precisamos combater urgentemente”, afirma Alan.
PPR
– Em
relação ao Programa de Participação nos Resultados (PPR), o HSBC
solicitou que o assunto não fosse abordado na reunião, pois ainda
não concluiu a análise do tema com o responsável pela
área.
O banco se comprometeu a agendar durante o mês de julho uma reunião
específica para tratar da questão.
Os
sindicatos deixaram claro para o HSBC que o PPR é uma discussão de
extrema importância para os bancários e que é preciso assegurar,
entre
outras coisas, que não haja compensação do
programa próprio de
remuneração com
a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), prevista na Convenção
Coletiva Nacional.
“Foi
um bom início de negociações, mas precisamos avançar muito mais
nas próximas reuniões. Para isso, temos de ampliar a mobilização
dos bancários para pressionar a empresa e garantir que a nossa pauta
seja atendida”, finaliza Alan.