A Caixa Econômica Federal apresentou a dirigentes de entidades sindicais e do movimento associativo dos empregados o projeto de atualização do modelo de gestão que a empresa está implementando. A apresentação foi reivindicada pela Contraf-CUT, CEE/Caixa e sindicatos por conta do clima de insegurança existente nas filiais e agências mediante a possibilidade de uma nova reestruturação.
A reunião aconteceu em Brasília nesta segunda-feira, 27 de maio. A Fenae foi representada pelo diretor vice-presidente Jair Pedro Ferreira e a diretora de Administração e Finanças Fabiana Matheus.
Segundo a Caixa, as medidas, no momento, atingem a matriz, mas não foram descartadas mudanças nas filiais e agências. O vice-presidente de Gestão de Pessoas, Sérgio Rodrigues disse que a implantação do projeto está seguindo o cronograma determinando pela presidência da empresa. Em relação às demais áreas, ele afirmou que está sendo feito estudo e não tem condições de informar o que vai ser feito.
A atualização do modelo de gestão da Caixa está sendo elaborado por uma empresa de consultoria e deverá ser implantado no período de 18 meses em etapas. O objetivo, segundo os representantes da empresa, é mudar sua estrutura organizacional visando tornar o fluxo de trabalho mais ágil.
A diretora Executiva de Gestão de Pessoas, Márcia Guimarães Guedes, admitiu que a experiência de 2010, quando ocorreu uma outra reestruturação, não foi boa, motivando ações judiciais por parte dos empregados que se sentiram prejudicados. Ela disse que a diretoria vai se empenhar para que o processo desta vez seja mais tranquilo. “Não é um modelo reducionista. A intenção é organizar melhor a empresa”.
Os dirigentes das entidades sindicais cobraram transparência no processo de mudanças na empresa e que possam ser ouvidas sobre a questão. O coordenador da Comissão Executiva de Empregados (CEE/Caixa) e vice-presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira, lembrou que as entidades têm recebido queixas dos empregados que temem ser prejudicados com a reestruturação. A falta de comunicação adequada da Caixa tem gerado grande insegurança entre os empregados, que não sabem qual será o impacto de uma possível reestruturação em seus setores.