Bradesco lucra quase R$ 3 bi em 2013, mas fecha 592 postos de trabalho

O
Bradesco abriu a temporada de publicação dos balanços dos bancos e
anunciou nesta segunda-feira, dia 22, que teve lucro líquido de R$
2,919 bilhões entre janeiro e março, crescimento de 4,5% sobre o
mesmo período do ano passado. Em média, o banco lucrou quase R$ 1
bilhão por mês neste começo de ano.

Mas,
se para o banco o lucro foi fabuloso, para os bancários o resultado
divulgado nesta segunda não foi nada bom. O balanço aponta que o
Bradesco reduziu o número de empregados de
103.385 em dezembro de 2012 para 102.793 em março deste ano. São
592 trabalhadores a menos (-0,6%) em três meses. Com relação a
março de 2012, a redução de postos de trabalho foi muito maior:
2.309 empregos cortados, o que equivale à diminuição de 2,2% com
relação ao terceiro mês de 2012, quando o banco possuía 105.102
trabalhadores.

Para Suzineide Rodrigues, secretária de
Finanças do Sindicato e bancária do Bradesco, o balanço do banco
revela uma política nefasta com seus funcionários. “Os números
mostram que o Bradesco reduziu em R$ 83 milhões suas despesa de
pessoal só nos três primeiros meses deste ano. Ou seja, o banco tem
feito das demissões e da rotatividade uma política de redução de
custos. O balanço também mostra que as Receitas de Prestação de
Serviços e Tarifas cobrem em 147,4% a sua folha de pagamento. Isso
revela
o quanto há de espaço para o Bradesco investir nos seus
funcionários e valorizar quem ajuda a instituição a construir esse
lucro fabuloso”, diz.

Suzi destaca que
os
bancários acabaram de entregar uma extensa pauta de reivindicações
ao Bradesco. “Este lucro mostra que o banco pode e deve tender
nossas reivindicações. O Bradesco é a instituição financeira
que paga o pior salário aos seus funcionários e também é o único
banco que não paga auxílio-educação. Estamos em pleno processo de
negociação com a empresa e vamos cobrar a tão esperada valorização
dos funcionários”, afirma.

Entre as principais demandas dos
bancários estão o plano de cargos, carreiras e salários (PCCS),
auxílio-educação, parcelamento do adiantamento de férias e
programa de reabilitação profissional (leia mais aqui).

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