Para advogada de defesa, ordem de invadir Carandiru foi “governamental”

Logo após ter sido divulgada a decisão do juiz José Augusto Nardy Marzagão de  adiar o julgamento dos primeiros 26 policiais acusados de participarem do Massacre do Carandiru, a advogada Ieda Ribeiro de Souza, que defende todos os réus, afirmou que a ordem de invadir o complexo penitenciário veio de “um órgão estatal e governamental.” O governador à época, Luiz Antonio Fleury Filho, é uma das 10 testemunhas da defesa, porém, não compareceu ao Fórum Criminal da Barra Funda nessa segunda-feira (8).

Para Ieda, a presença do político é fundamental. “Espero que ele venha. O depoimento do doutor Fleury é essencial porque ele vai poder explicar como foi determinada a ordem e o que determinou o ingresso desses homens no Carandiru.”

Julgamento adiado – Eram 14h25 quando o juiz José Augusto Nardy Marzagão leu a decisão que informava o adiamento do julgamento para o próximo dia 15, às 9h. O fato não deve afetar a estratégia da defesa e da promotoria.

“Estamos preparados para esse julgamento, e agora teremos uma semana a mais para focar nele e aguardar – a previsão inicial era que ele durasse duas semanas, adiado, não sofrerá maior prejuízo”, afirmou o promotor Fernando Pereira da Silva.

A advogada de defesa seguiu a mesma linha de análise. “Foi um imprevisto, não temos como controlar um problema de saúde de uma jurada. Isso não prejudica a nossa estratégia, vamos continuar com o julgamento na semana que vem.”

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