Adepto da bicicleta, Sergio Gustavo, 30 anos, adotou como principal meio de transporte há 13 anos por achar ser uma forma mais rápida de chegar ao trabalho. Nesse período, ele sofreu dois acidentes e sofreu também algumas trancadas e assaltos. A falta de segurança é o principal problema do consultor, que já perdeu duas bikes para bandidos e viu outras duas suas serem roubadas das mãos de donos de segunda mão.

Cinco é o total de bicicletas compradas por Sergio durante esse período em que economiza gastos de carro, moto, ônibus ou taxi. Um usuário de carro na Região Metropolitana do Recife gasta diariamente uma média de R$ 7 se usar gasolina ou R$ 5,42 com álcool,  em um trecho de 10 quilômetros, considerando a versão 1.0 do Gol, carro mais vendido em Pernambuco nos últimos meses. No fim do mês, esse valor chega a R$ 140 com gasolina e R$ 108,40 com álcool. Além do combustível, o possante com as mesmas características traz despesas com estacionamento – que pode chegar a R$ 100 mensais em caso de a vaga custar R$ 5 por dia –, seguro (R$ 133 por mês) e a revisão, que a cada seis meses tira R$ 198 do proprietário.

Os gastos de Sergio com a magrela preta toda equipada não passam de R$ 70 a cada três ou mais meses. Isso por causa da lubrificação periódica das peças, que custa R$ 20 mais algumas peças que estejam precisando ser trocadas. Para montar a quinta bike, ele precisou gastar R$ 1.300 para deixá-la ao seu gosto, há quatro anos. Em uma pesquisa feita peloFolhaPE, o valor médio do capacete e do refletor traseiro custa no Recife R$ 200 e R$ 40, respectivamente. Outro item obrigatório é o cadeado, e este custa R$ 30.

Para quem anda de ônibus e usa a tarifa A, o gasto médio com passagens chega a R$ 90 por mês. Na tarifa B, valor desembolsado chega a R$ 138. Enquadra-se nesta conta o usuário de transporte público que usa duas passagens por dia.