O Sindicato e a
Contraf-CUT retomaram na última quinta-feira (28) as negociações
com a Fenaban da mesa temática de Saúde do Trabalhador, em São
Paulo. Os debates avançaram em dois pontos: avaliação do Programa
de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) e questões sobre a
Semana Interna de Prevenção de Acidentes (SIPAT).
Segundo o
secretário de Saúde do Sindicato, Wellington Trindade, que
representou os bancários de Pernambuco na negociação, a Fenaban
concordou em avançar na avaliação do PCMSO para melhorar o
atendimento e a prevenção das doenças ocupacionais. “Os debates
sobre o programa continuam nas próximas reuniões. Vamos construir
junto com a Fenaban um modelo de avaliação do programa com o
intuito de melhorar a saúde dos bancários”, diz Wellington.
Em
relação à SIPAT, o movimento sindical reivindica que os bancos se
comprometam a informar os trabalhadores e os sindicatos, com
antecedência mínima de 30 dias, sobre a realização da Semana de
Prevenção, assim como local, data e tema que será abordado. A
Fenaban se comprometeu a avaliar a proposta e apresentar uma posição
na próxima reunião.
Atestados médicos – Os
bancos insistem na política de revisão, recusa ou contestação de
atestados médicos quando apresentados pelos trabalhadores nas
agências ou departamentos. O Sindicato reivindicou o fim da prática
discriminatória de “classificação de atestados médicos”, mas
a Fenaban se recusou a discutir o tema. “Vamos insistir no assunto
nas próximas reuniões”, avisa Wellington.
Metas
abusivas – Outro ponto que a Fenaban se recusou a debater
foi em relação às metas abusivas. O argumento utilizado pelos
bancos é o de que cabe a cada gestão, exclusiva da empresa, definir
quais são as metas. O Sindicato questionou o fato de as metas serem
estabelecidas de cima para baixo, deixando os trabalhadores alheios a
qualquer tipo de decisão.
Pausa – A Fenaban se
recusou a levar em conta a proposta do movimento sindical de pausa de
10 minutos a cada 50 trabalhados. Durante a Campanha Nacional de
2012, ficou definido entre a Contraf-CUT e a Fenaban que seriam
analisadas as estatísticas de adoecimento da categoria, de modo a
ter instrumentos para averiguar quais funções são mais afetadas
pelas LER/Dort. A Fenaban considera a existência de micro pausas e
minipausas no processo de trabalho bancário como
suficientes.
Prisma – Os bancos apresentaram a
proposta de reativação do programa Prisma. Trata-se de um convênio
entre bancos e INSS que coloca postos do instituto em suas
dependências para prestar serviços previdenciários, em casos de
afastamento de trabalho. Os sindicatos ficaram de avaliar a proposta
e apresentar um posicionamento na próxima reunião.
