Protestos e debates nas agências marcam Dia Nacional de Luta contra Plano de Funções no BB

As agências do Banco do Brasil em Casa Amarela, Sete de Setembro, Cidade Universitária, Payssandu, Guararapes, agência Centro, Barão de Souza Leão – Boa Viagem e Marim dos Caetés – Olinda terão a abertura retardada em uma hora nesta quarta-feita, dia 20. Enquanto as agências estiverem fechadas, o Sindicato realiza um debate com os trabalhadores no interior das unidades e conversa com os clientes na área externa. A atividade é parte dos protestos nacionais que marcam o Dia de Luta contra o novo Plano de Funções do banco. “Escolhemos agências de várias áreas da Região Metropolitana e esperamos contar com a adesão maciça dos bancários, neste primeiro grande protesto contra o plano de funções”, afirma a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello.
 
A Contraf/CUT – Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro também está entrando com ação no Ministério Público  do Trabalho questionando a redução de direitos dos trabalhadores com o novo plano. Implantado unilateralmente pela empresa, o plano é mais uma manobra para driblar a Justiça e estender a jornada dos trabalhadores.
Para isso, o banco criou uma nova nomenclatura para alguns cargos comissionados. Passou a chamar de Cargo de Confiança funções como as de gerência e até de alguns analistas. “No entanto, todo mundo sabe que estes bancários não tem a liberdade de gerir que é devida a quem tem função de confiança. Um gerente não pode, por exemplo, contratar bancários. Não se trata de função de confiança. Mas a Justiça vinha reconhecendo que as comissões remuneram responsabilidade a mais, e não jornada maior. Então o banco recorreu a esta estratégia”, conta a secretária da Mulher do Sindicato, Sandra Trajano, bancária do BB.
Para os outros comissionados, o chamado público-alvo da Função Gratificada (FG), o BB deu a “opção” de migrar para as novas funções de 6 horas com remuneração 16,25% menores, ou permanecer na função de 8 horas em extinção. Para quem migrar, o BB oferece um “incentivo ilusório”. Ou seja, para “compensar” a perda salarial da FG, o banco autorizou horas extras pelo período de um ano 
“A remuneração dos
adicionais de função (6h e 8h) não pode ser reduzida (é
ABF+ATFC+25%), esta é a remuneração que unifica os trabalhadores
das mesmas funções e que se refere à vida funcional juntamente com
as verbas pessoais”, afirma William Mendes, coordenador da Comissão
Nacional Empresa dos Funcionários. 


Expediente:
Presidente: Fabiano Moura • Secretária de Comunicação: Sandra Trajano  Jornalista ResponsávelBeatriz Albuquerque • Redação: Beatriz Albuquerque e Brunno Porto • Produção de audiovisual: Kevin Miguel •  Designer Bruno Lombardi