Reunidos nesta terça-feira (20) com o presidente da Comissão de
Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP) da Câmara Federal,
deputado Sebastião Bala Rocha (PDT-AP), representantes dos trabalhadores
solicitaram a realização de uma audiência pública para discutir o
Projeto de Lei (PL) nº 2530/2011, de autoria da deputada federal Andreia
Zito (PSDB-RJ), que visa alterar a Lei nº 7.783, conhecida como a Lei
da Greve.
O movimento sindical é contrário ao PL, que determina que os serviços
prestados pelos bancários aos idosos sejam considerados como essenciais
durante a greve nacional da categoria. A reunião foi solicitada pela
CUT, Contraf-CUT e Sindicato dos Bancários de Brasília, dentre outras
entidades.
A vice-presidente da CUT, Carmen Foro, afirmou durante o encontro que a
proposta prejudica os trabalhadores e a mobilização da categoria.
“Estamos preocupados com as consequências que a aprovação desse PL
poderia causar aos bancários. A Lei de Greve é um direito legítimo
conquistado com muito suor pelos trabalhadores, a que eles recorrem
depois que as negociações já se esgotaram”, explicou.
“A justificativa para o PL é que a greve dos bancários atrapalha a
prestação de serviços para o segmento dos idosos, mas deixamos bem claro
que nosso movimento não impede a entrada dessas pessoas nas agências.
Temos o cuidado de não prejudicar e nem criar constrangimentos para
idosos e aposentados, já que a maioria deles não tem acesso à internet e
a outros meios alternativos para transações bancárias”, apontou o
presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro.
Regulamentação do sistema financeiro – Os representantes dos trabalhadores aproveitaram a oportunidade para
levantar temas relevantes, como a regulamentação do Sistema Financeiro
Nacional, a redução das taxas e das tarifas bancárias e o fim da
rotatividade.
“Acreditamos que esse é um momento de discussões importantes para o ramo
financeiro. A rotatividade nos bancos, por exemplo, é um problema
latente. Os novos bancários contratados ganham 40% menos do que os que
foram dispensados. Além disso, a discussão da diminuição das taxas de
juros deve ser mais séria”, ressaltou a secretária de Imprensa do
Sindicato dos Bancários de Brasília, Rosane Alaby.