Caravanas do Sindicato visitam 33 cidades no interior do estado

Três duplas de
diretores do Sindicato percorreram 33 cidades do interior de
Pernambuco para conversar com os bancários na semana passada. As
caravanas começaram na segunda-feira, dia 22 de outubro, e se
estenderam até a sexta, 26. No percurso, foram visitados 28
municípios do sertão e cinco da zona da mata norte.

A dupla
formada por Adeílton Filho e Eleonora Costa esteve nas agências
bancárias de Afrânio, Belém de São Francisco, Cabrobó, Floresta,
Ibimirim, Inajá, Itacuruba, Jatobá, Lagoa Grande, Orocó,
Petrolândia, Santa Maria da Boa Vista e Tacaratu. Nesses treze
municípios os dirigentes sindicais tiveram a oportunidade de
repercutir os desdobramentos da campanha nacional da categoria,
encerrada no mês passado.

Devido à demanda de serviços
registrada nas agências no período em que estiveram no Sertão, os
sindicalista não puderam reunir os trabalhadores para uma conversa
mais aprofundada. Entretanto, segundo Adeílton Filho, foi possível
ouvir as demandas dos bancários sertanejos que teceram elogios à
presença da entidade em suas regiões e falaram sobre os problemas
específicos enfrentados em seus locais de trabalho. É o caso do
Banco do Brasil de Floresta, que estava com a central de ar
condicionado funcionando de forma precária há mais de quatro meses
e os trabalhadores tinham de usar ventiladores para aplacar o calor
no local.

Também no BB, em Belém de São Francisco, o mesmo
problema já se arrastava havia três semanas. No Santander, de
Petrolândia, uma falha no sistema obrigava a gerente a se deslocar
até a cidade de Floresta para realizar até as mais simples
operações bancárias, como emissão e compensação de cheques. Em
Cabrobó, a demanda no Santander era pelo enquadramento de função.
Os bancários reclamam que exercem suas atividades em uma determinada
função e recebem seus vencimentos por outra, de uma faixa salarial
menor. Absurdo semelhante acontece no Bradesco de

Cabrobó. Lá, a falta
de funcionários obriga o gerente a se desdobrar nas funções de
escriturário e caixa.

A insegurança é outro ponto
recorrente nas unidades visitadas por Adeílton e Eleonora no Sertão
pernambucano. Portas giratórias com detector de matais são artigos
raros. “Com exceção do Banco do Brasil e da Caixa, a falta de
porta é geral nos locais que visitamos. No Bradesco a situação é
ainda pior. Na maioria das agências o banco não dispõe de nenhum
mecanismo de segurança. Em Santa Maria da Boa Vista, o descaso com a
vida das pessoas é ainda mais gritante. Apenas um vigilante é
encarregado de cuidar da segurança. Ele tem de esperar agência
fechar, às 14 horas, para pode almoçar”, denuncia
Adeílton.

Mais problemas – Ainda no giro pelo sertão,
os diretores Fábio Sales e Sandra Trajano visitaram outros quinze
municípios: Araripina, Bodocó, Cedro, Exú, Ipubi, Mirandiba,
Moreilândia, Ouricuri, Parnamirim, Salgueiro, São José do
Belmonte, Serrita, Terra Nova, Trindade e Verdejante. Nestas
localidades o Sindicato também foi muito bem recebido. O bate papo
com os trabalhadores revelou situações muito parecida com as
citadas anteriormente. Destaque para a superlotação nas agências
da Caixa Econômica.

“As agências da Caixa estavam um
verdadeiro caos. Com o pagamento de verbas do governo como o programa
Chapéu de Palha, por exemplo, tinha gente até de outros estados
vindo às cidades como Salgueiro e Araripina para receber seus
benefícios. Com a demanda normal de trabalho o número de
funcionários já é insuficiente imagine com toda essa gente para
ser atendida”, relata Sandra Trajano.

Ainda segundo
Sandra, outra reclamação nas unidades da Caixa e do Banco do Brasil
diz respeito ao atendimento médico na região. “Os médicos não
querem atender pelo plano de saúde oferecidos pela Caixa e pelo BB.
Ou os bancários pagam as consultas ou então têm de se deslocar
para outras localidades para serem atendidos”, esclarece a
dirigente.

O banco de horas, a falta de estrutura dos PAAs
do Bradesco que se transformaram em agências e a insegurança também
compõem a relação de problemas enfrentados pelos bancários da
região.

Mata Norte – Dando continuidade ao calendário
de visitas ao interior do estado os diretores regionais do Sindicato,
Fernando Batata e João Marcelo, percorreram cinco cidades da zona da
mata norte de Pernambuco. As visitas ocorreram no último dia 23. O
dirigentes estiveram em 13 unidades nos municípios de Feira Nova,
Limoeiro, Bom Jardim, Orobó e João Alfredo.

Segundo João
Marcelo, a presença do sindicato foi muito bem recebida. “Tivemos
uma boa acolhida nas agências, Pabs e PAAs da região. Quando
esclarecemos aos companheiros que essas cidades passariam à ser
assistidas quinzenalmente, todos elogiaram a ação”, informou o
sindicalista.

“O grande fator positivo é a recepção.
Muitos bancários novos (BB e Bradesco principalmente), trouxemos
novas filiações e deixamos propostas em algumas unidades. Um dado
interessante é que os bancários já sindicalizados também se
comprometeram em conversar com os novos para convencê-los a se
filiar ao Sindicato”, avalia João Marcelo.


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