Contraf-CUT e Dieese promovem oficina sobre rotatividade no dia 30

A Contraf- CUT e o Dieese, com o apoio da Fundação Friedrich Ebert
(FES), promovem no próximo dia 30, das 9h às 17h30, a oficina
“Rotatividade nos bancos: dados setoriais e diretrizes para a ação
sindical”. A atividade será realizada na sede do Dieese (rua Aurora nº
957 – 6º andar), no centro de São Paulo.


O objetivo é apresentar a metodologia do cálculo da rotatividade,
analisar e discutir as estatísticas de rotatividade do setor e propor
ações para engajar dirigentes sindicais, atores governamentais,
parlamentares e centrais sindicais no debate sobre esse importante tema
para o emprego da categoria.


Os resultados da 14ª Pesquisa de Emprego Bancário, feita com base nos
dados do Caged e divulgada em agosto pela Contraf-CUT e Dieese,
revelaram que a rotatividade continua sendo alta nas instituições
financeiras.


No primeiro semestre deste ano, os bancos contrataram 23.336 empregados e
desligaram 20.986, gerando apenas 2.350 novos postos de trabalho, o que
representa um recuo de 80,40% em comparação com o mesmo período do ano
passado, quando foram criadas 11.978 vagas.


A remuneração média dos admitidos foi de R$ 2.708,70 e a dos desligados
de R$ 4.193,22, o que significa uma diferença de 35,40%. Já na economia
brasileira, como um todo, a diferença entre a média salarial dos
contratados foi 7% inferior a dos demitidos.


“Essa alta rotatividade nos bancos é uma jabuticaba, na medida em que só
existe no Brasil, sendo utilizada para travar a expansão da massa
salarial e aumentar ainda mais os lucros”, aponta Carlos Cordeiro,
presidente da Contraf-CUT.


Os seis maiores bancos lucraram R$ 25,2 bilhões no primeiro semestre e
ainda provisionaram R$ 39,15 bilhões para devedores duvidosos, um grande
exagero para uma inadimplência que cresceu apenas 0,7 ponto percentual
no período.


“Compreender o truque da rotatividade, como ressaltou a Campanha
Nacional dos Bancários, é fundamental para reforçar a mobilização da
categoria e da classe trabalhadora para combater esse mecanismo
perverso, na perspectiva de proteger empregos e salários, conquistar
novos postos de trabalho e estimular o desenvolvimento econômico e
social”, destaca Cordeiro.

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