Jagged little pill, álbum lançado em 1995, pela canadense Alanis
Morissette foi um dos últimos espasmos de prosperidade da indústria
fonográfica. Estima-se que já foram vendidas 30 milhões de cópias do
álbum. Na época do lançamento, Alanis Nadine Morissette foi um fenômeno
difícil de acontecer no atual estado em que está o mercado da música.
Lançou o primeiro disco ainda adolescente, em 1991, Alanis, com mediano
sucesso, e só no Canadá. O segundo álbum, no ano seguinte, recebeu o
premonitório título de Now is the time (grosso modo, A hora é agora). Na
realidade a hora de Alanis Morissette demoraria mais dois anos.
Com demos das canções confessionais, que expressavam o que lhe ia
pela cabeça na época, ela foi para Los Angeles. Bateu em portas de
gravadora, até que um produtor da Maverick, logo a empresa de Madonna,
se interessou. O resto, como se diz é historia. A cantora candense, de
performance enérgica, dizia em suas músicas o que o pessoal de sua idade
queria ouvir.
Uma superstar do seu tempo. Alanis não frequenta tablóides
sensacionalistas, não usa drogas pesadas, é atleta (maratonista). Não
faz apologias contra ou a favor de nada sua música. Careta certamente.
Mas o rock and roll não é mais o mesmo. No backstage dos Rolling Stones,
na última turnê, lia-se um aviso alertando que aquele que fosse flagado
com drogas seria cortado da equipe.
Alanis Morissette administrou os altos e baixos da carreira, quando
os discos lançados nos anos 2000 não obtiveram os mesmos ressultados dos
que vieram logo depois de Jagged littel pill. Em Havoc and bright
lights ela está mais suave, canta a vida tranquila que está levando. A
música de trabalho do álbum, Guardian foi feita inspirada no filho.
Outra faixa bem executada, Celebrity comenta o pró e o contra da fama,
algo que ela conhece muito bem.
Nos show que já fez no Brasil (Rio, São Paulo, Belo Horizonte),
Alanis Morissette vez traçando uma retrospectiva de sua carreira, com
ênfase para seu principal álbum, Jagged little pill. Na apresentação
realizada no Citibank Hall, no Rio, ela pinçou sete faixas daquele
álbum.
Ou seja, os hits mais conhecidos, com direito a corinho dos fãs: All i
really want, You learn, Ironic, Head over feet, You oughta know e Hand
In my pocket, e a menos conhecida Right through you. Obviamente,
espalhados ao longo do show. Hand in my pockets, por exmplo, é a música
do bis, na qual ela arrisca uns solos de gaita.
O fã vai ao show para ver ao vivo o ídolo cantar suas músicas
preferidas. A grande maioria dos ídolos obdecem esta regra. Com Alanis
Morissette não é diferente. Ela fez o mesmo na turnê brasileira
anterior, em 2009, promovendo o álbum Flavors of entanglement (lançado
em 2008), o repértório também privilegiava Jagged little pill. Na atual
turnê, das 20 canções que desfia durante, em média, noventa minutos, ela
incluiu seis faixas de Havoc and bright light (saído no Brasil pelo
Lab344): Woman down, Guardian, Celebrity, Havoc, Numb, e Lens.
Um roteiro que tem sido quase o mesmo até agora. A última do show é
Numb, do álbum novo, Última, antes do bis, com quatro canções. Entre
estas esta Uninvited, da trilha do filme Cidade dos anjos. A que fecha
mesmo o show não poderai ter título mais apropriado: Thank u.
Serviços
Alanis Morissette e banda
Show Havoc and bright lights
Chevrolet Hall, às 21h
Ingressos: Pista | R$ 75,00 (meia-entrada) e R$ 150,00 (inteira)
Frontstage (1º Lote) | R$ 160,00 (meia-entrada) e R$ 320,00 (inteira)
Camarote 1º Piso (10 pessoas) | R$ 3.000,00
Camarote 2º Piso (10 pessoas) | R$ 2.500,00
Camarote 3º Piso (10 pessoas) | R$ 2.000,00