A Contraf-CUT enviou nesta quinta-feira, dia 6, cartas aos dois
principais bancos federais (Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal), a
exemplo das correspondências encaminhadas ontem para os quatro maiores
bancos privados (Itaú, Bradesco, Santander e HSBC), cobrando negociações
para apresentação de propostas para as reivindicações específicas dos
funcionários de cada instituição.
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aqui para ler a carta ao Banco do Brasil.
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aqui para ler a carta para a Caixa Econômica Federal.
Na próxima segunda-feira, dia 10, a Contraf-CUT também remeterá cartas
com igual teor ao Banco da Amazônia e ao Banco do Nordeste do Brasil
(BNB). As duas instituições federais suspenderam na tarde desta
quinta-feira as rodadas de negociações específicas que estavam agendadas
para segunda-feira.
Ontem, a Contraf-CUT também enviou ofício para a Fenaban, avisando o
calendário de mobilização definido pelo Comando Nacional dos Bancários,
que orientou os sindicatos a reaizarem assembleias na próxima
quarta-feira, dia 12, para aprovar a deflagração de greve por tempo
indeterminado a partir da zero hora do dia 18, com novas assembleias
organizativas no dia 17.
Clique
aqui para ler a carta para a Fenaban.
“Estamos cobrando a responsabilidade dos dois bancos federais e dos
quatro bancos privados, que empregam cerca de 90% dos trabalhadores do
setor financeiro, para a construção de uma nova proposta global na mesa
de negociação da Fenaban que atenda às expectativas da categoria, bem
como para a apresentação de propostas para as pautas específicas dos
trabalhadores”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e
coordenador do Comando Nacional.
O envio dos documentos foi uma das decisões do Comando Nacional dos
Bancários, logo após a rodada de negociação de terça-feira (4) com a
Fenaban, que frustrou os bancários diante da manutenção da proposta
insuficiente de reajuste de 6%, o que representa apenas 0,58% de aumento
acima da inflação pelo INPC do período. Os trabalhadores reivindicam
reajuste de 10,25%, valorização do piso salarial e melhoria da PLR,
dentre outras demandas.
“Acreditamos no diálogo na mesa de negociações e aguardamos manifestação
da Fenaban com uma nova proposta até o dia 17, para que possamos
submetê-la à apreciação das assembleias. Da mesma forma, esperamos
também que cada banco apresente até a mesma data propostas sobre as
demandas específicas”, destaca o dirigente sindical.
Reivindicações específicas dos funcionários do BB – Os funcionários do BB reivindicam o cumprimento da jornada de 6 horas
para todos, sem redução de salário; melhorias no Plano de Carreira e
Remuneração (piso maior, interstício maior, tempo menor para adquirir
mérito); negociação do Plano de Comissões (pagamento das substituições,
seleção interna para promoção em todos os cargos, fim dos
descomissionamentos); licença prêmio e férias de 35 dias para todos; PLR
aditiva ao modelo da Fenaban, sem vinculação com o Sinergia; fim das
PSO e volta dos caixas e gerentes de serviços para as agências; carreira
de mérito para todos; melhorias nas CABB; Cassi e Previ para todos, sem
redução de direitos; fim das travas para concorrência e remoção
automática para o preenchimento de todas as vagas de escriturário; fim
do voto de Minerva na Previ; assinatura do protocolo da Fenaban de
Prevenção de Conflitos no Ambiente de Trabalho e revisão dos Comitês de
Ética; melhorias no plano odontológico; não perder a função após
afastamentos de saúde; ter ao menos um delegado sindical por local de
trabalho; mais contratações e fim das terceirizações.
Reivindicações específicas dos empregados da Caixa – Entre as principais reivindicações dos trabalhadores da Caixa estão: a
ampliação do quadro de empregados (chegando a no mínimo 100 mil até o
fim de 2013), o cumprimento da jornada de seis horas sem redução de
salários, melhores condições de trabalho, isonomia de direitos, solução
dos problemas do Saúde Caixa, fim à discriminação dos participantes do
REG/Replan não-saldado e do voto de Minerva na Funcef, tíquete para os
aposentados e pagamento integral de toda hora extra realizada.