Negociações sobre remuneração não avançam e continuam na próxima terça

As negociações desta
quarta-feira, dia 29, entre o Comando Nacional dos Bancários e a
federação dos bancos (Fenaban) não avançaram. Os representantes
das instituições financeiras mantiveram sua proposta de reajuste de
6% (aumento real de 0,7%), já recusada pelos bancários. Uma nova
rodada de negociação foi marcada para a próxima terça-feira, dia
4, às 15h.

De acordo com a presidenta do Sindicato, Jaqueline
Mello, os representantes dos bancários passaram toda a manhã desta
quarta tentando construir uma proposta de acordo com a Fenaban que
atendesse as reivindicações dos funcionários. “Levamos uma série
de números para os bancos provando que as empresas têm totais
condições de propor um reajuste maior. Afinal de contas, a maioria
das categorias que já encerram sua campanha salarial deste ano
conseguiram acordos melhores que no ano passado. E os bancos, que
lucram mais do que qualquer outro setor da economia brasileira, podem
e devem valorizar seus funcionários, atendendo nossas
reivindicações”, afirma Jaqueline, que representa os bancários
de Pernambuco nas negociações nacionais.

Para a presidenta
do Sindicato, as negociações da próxima terça-feira serão
decisivas. “Queremos uma proposta dos bancos que atenda nossas
reivindicações. Para isso, estamos ampliando a mobilização dos
bancários em Pernambuco e em todo o Brasil, como forma de pressionar
os bancos. Esperamos que as instituições financeiras levem às
negociações tão a sério quanto nós, bancários, para que a gente
possa construir um acordo através do diálogo e não da greve. Mas,
se não houver este amadurecimento por parte da Fenaban, vamos
encampar mais uma greve, que este ano promete ser muito forte diante
da grande mobilização já demostrada pelos bancários nas
atividades da Campanha”, ressalta Jaqueline.

Combate ao
assédio moral –
Os bancos aceitaram na rodada de negociação da
terça-feira a reivindicação dos bancários de rediscutir o
instrumento de combate ao assédio moral previsto na Convenção
Coletiva com adesão espontânea para bancos e sindicatos. Para os
bancários, esse instrumento precisa ser avaliado, porque é
insuficiente e precisa de ajustes.

As discussões sobre o tema
continuaram na tarde desta quarta-feira. “Esse instrumento de
combate ao assédio moral é uma conquista importante da categoria,
que precisa ser mais divulgado por todas as partes e aprimorado.
Esperamos também que o Banco do Brasil, o único banco que não
aderiu a esse instrumento, faça a adesão”, afirma Carlos
Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional
dos Bancários.

Mais saúde – Nesta quinta-feira, dia
30, o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban voltam a se reunir
para um debate técnico sobre as reivindicações de saúde e
condições de trabalho. Os representantes dos trabalhadores e das
empresas levarão profissionais da área para subsidiar as
discussões.

Veja como foram até agora as rodadas de negociação com a Fenaban

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