Lucro do BNDES cai, mas alcança R$ 2,7 bilhões no primeiro semestre

O lucro do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)
alcançou R$ 2,7 bilhões no primeiro semestre deste ano. De acordo com
anúncio feito nesta segunda-feira (20) pela instituição, o resultado é
inferior 48% ao registrado no primeiro semestre do ano passado (R$ 5,3
bilhões).


O chefe do Departamento da Área Financeira do BNDES, Carlos Frederico
Rangel, disse à Agência Brasil que a diminuição é consequência da crise
global que afetou as operações de renda variável. “Esse é o entendimento
que a gente tem aqui”, disse.


Ele acrescentou que “a parte do resultado que a gente tem de renda
variável é um reflexo dessa conjuntura global do momento. Não obstante
esse momento de depressão de mercado, houve expansão da carteira de
renda fixa”.


O segmento de renda fixa teve uma maior contribuição no resultado
apresentado pelo banco(68,2%). Já o segmento de renda variável, que
envolve operações no mercado de capitais, participou com 20,3% no lucro
final.


As operações de renda fixa totalizaram R$ 4 bilhões no período
pesquisado. O resultado das transações de crédito e repasse cresceu
14,4% em comparação aos primeiros seis meses de 2011, em razão da
ampliação de 16,3% da carteira de crédito do BNDES. O segmento de renda
variável somou R$ 1,2 bilhão, mostrando retração de 67,5%, ou o
equivalente a R$ 2,5 bilhões, em relação ao valor apurado de janeiro a
junho do ano passado (R$ 3,7 bilhões).


Devido ao fraco desempenho das bolsas de valores, o resultado com a
venda de participações acionárias pela subsidiária BNDES Participações
caiu 51% no semestre. “Um dos componentes da renda variável é o
resultado gerado no momento da alienação. Como o momento do mercado é de
baixa e não é propício para essas alienações, o volume de alienação
nesse semestre foi bastante reduzido se comparado com o semestre
anterior”.


Apesar da redução do lucro, Carlos Frederico Rangel salientou que a taxa
de inadimplência do BNDES manteve-se baixa. “Ela [inadimplência] sempre
foi muito baixa. E até reduziu”. O nível de inadimplência, que era
0,14%, baixou para 0,12%.


A assessoria de imprensa do BNDES observou que, em contrapartida, a
inadimplência média do Sistema Financeiro Nacional, de acordo com dados
do Banco Central, foi 3,8% em junho deste ano. Contribuiu para a queda
da inadimplência no BNDES a expansão da base da carteira de renda fixa.

Expediente:
Presidente: Fabiano Moura • Secretária de Comunicação: Sandra Trajano  Jornalista ResponsávelBeatriz Albuquerque • Redação: Beatriz Albuquerque e Brunno Porto • Produção de audiovisual: Kevin Miguel •  Designer Bruno Lombardi