Negociações com o BB continuam em impasse

O
Comando Nacional dos Bancários e o Banco do Brasil voltaram a se
reunir nesta segunda-feira, dia 20, para mais uma rodada de
negociações da pauta específica dos funcionários na Campanha
Nacional 2012. Mais uma vez, o banco não aceitou atender a nenhuma
reivindicação dos bancários e nem apresentou contraproposta para
os temas debatidos, sobretudo nas melhorias do Plano de Carreira e
Remuneração (PCR) e Planos de Comissões.

De acordo com o
secretário-geral do Sindicato, Fabiano Félix, nas três reuniões
de negociação realizadas com o Banco do Brasil até agora nenhum
avanço foi registrado. “Na reunião desta segunda discutimos as
reivindicações para a carreira, incluindo piso maior, jornada de
seis horas para todos, soluções para os caixas executivos, fim dos
descomissionamentos e isonomia entre os novos e antigos bancários.
Mas o banco afirmou que vai esperar os resultados da negociação da
pauta geral com a Fenaban para só depois apresentar uma proposta
global para as reivindicações específicas dos funcionários. Essa
é uma aposta errada do BB, pois desta forma o banco está nos
empurrando para mais uma greve”, diz.

Para Fabiano, agora é
hora de todos os bancários se unirem e ampliarem a mobilização
para pressionar os bancos. “Tanto as negociações gerais com a
Fenaban quanto as específicas com o BB e a Caixa estão sem avanços.
Para conquistarmos nossas reivindicações temos de mostrar aos
bancos todo o nosso poder de pressão. O Sindicato tem realizado
atividades cotidianas nas agências e departamentos dos bancos e
precisamos do envolvimento de todos os bancários para sairmos
vitoriosos de mais uma Campanha”, afirma Fabiano.

>> Funcionários do BB mostram disposição para a Campanha

Os
debates –
Entre
os pontos discutidos nesta segunda estão as seguintes propostas:
seleção interna para comissionamento, fim da perda de
funções/descomissionamentos, volta dos caixas executivos para
dotações das agências e inclusão na carreira de mérito para os
caixas, fim das travas para concorrência e remoção automática,
fim da perda de função por licenças e afastamentos, mudança nos
comitês de ética para que tenha renovação da cláusula,
assinatura da Cláusula de Combate ao Assédio Moral da Fenaban e fim
do voto de minerva na Previ.

Em relação à remuneração e
carreira, os representantes dos bancários cobraram o aumento do
piso, interstício de 6% e diminuição do tempo para aquisição das
letras de mérito, PLR maior (modelo debatido na Fenaban mais
aditivos sem vínculo com o programa Sinergia BB), pontuação de
mérito para caixas e escriturários, VR para os caixas executivos e
aumento no valor da gratificação de função e efetivação dos
caixas e que todos pertençam às dotações das agências.

Os
bancários reivindicam
ainda
o
fim dos truques que envolvem o Bom pra Todos. “É necessário
que o banco tome medidas sérias para impedir que gestores obriguem
os bancários a praticar venda casada entre outras fraudes,
constrangendo os trabalhadores e aumentando a pressão por metas”,
afirma William
Mendes,
coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB
.
“As tarifas devem ser reduzidas pois para se ter direito a taxas
menores do programa gasta-se mais de R$ 400”, completa.

Ameaças

O Sindicato e a

Contraf-CUT condena a atitude de gestores do banco que estão fazendo
reuniões nos locais de trabalho para ameaçar funcionários sobre
participação na greve. “Cobramos um posicionamento da direção
do BB, uma vez que apostamos na mesa de negociação e esse
terrorismo nada contribui para a construção de propostas para um
bom acordo”, destaca William.


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