A
agência do Banco do Brasil em Peixinhos, em Olinda, foi assaltada
nesta sexta, 3 de agosto, elevando para 21 o número de assaltos
durante o ano: cinco a mais do que em todo o ano de 2011. A unidade
foi inaugurada em março deste ano e tem várias falhas: a bateria de
caixas é mal posicionada, não há biombos entre ela e os clientes,
os vidros não são blindados.
Segundo a presidenta do
Sindicato, Jaqueline Mello, a unidade tem a porta giratória na
entrada do autoatendimento, como reivindicam os bancários. No
entanto, elas só funcionam durante o horário de atendimento ao
público. Antes e depois disso, os funcionários ficam sem esta
proteção. “No caso do assalto desta sexta, o maior problema foi a
ausência das cabines blindadas, o que deixa os vigilantes muito
expostos”, afirma Jaqueline.
Os assaltantes renderam os
vigilantes com armas de brinquedo, roubaram as armas e pegaram o
dinheiro dos caixas. Um bancário, justamente o que fica no salão da
frente distribuindo as senhas, teve uma arma apontada para a cabeça.
Sete funcionários trabalhavam durante a ocorrência.
Segundo
o diretor do Sindicato, João Marcelo, o circuito de monitoramento
interno da agência também é falho. “Uma das câmeras, ao invés
de mostrar o movimento na unidade, mostra apenas as gavetas nos
guichês dos caixas. A outra consegue captar apenas a entrada e saída
dos indivíduos, mas não a movimentação interna”, diz.
Em
Olinda, também existe Lei de Segurança Bancária e o Ministério
Público já foi notificado quanto às principais falhas nas agências
da região, inclusive a de Peixinhos.
O Sindicato visitou a
agência e esperou a chegada dos atendentes da Cassi (Caixa de
Assistência Médica dos Funcionários do BB). O banco garantiu que
emitiria a CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho) para os
empregados. Mas, caso isso não seja feito, o Sindicato orienta a
procurar a sede da entidade para emissão do documento. Caso no
futuro o bancário venha a sofrer algum transtorno por conta do
trauma, a CAT vai atestar que se trata de acidente de
trabalho.
Interdições – No dia anterior ao assalto, na
quinta-feira, 2 de agosto, três agências foram interditadas por não
estarem de acordo com a Lei de Segurança Bancária do Recife: o Itaú
e o Santander de Casa Amarela; e o Bradesco da UFRPE, assaltado na
semana anterior.
Por outro lado, um acordo entre a Dircon
(Diretoria de Controle Urbano da Prefeitura) e os bancos envolvidos
permitiu a reabertura do Banco do Brasil e Bradesco de Casa Amarela,
que tinham sido interditados na quarta-feira, 1º de agosto.
Com
isso, já são onze interdições, com três agências reabertas.
Permanecem fechadas as unidades do Itaú em Casa Amarela, Casa Forte,
Encruzilhada, Caxangá e Hospital Português; Santander em Casa
Amarela e Parnamirim; e Bradesco da UFRPE.